Na tarde deste domingo, pelas 15h30, terá início a celebração da missa de Ramos na Igreja de S. Pedro, em Óbidos. Este ano, devido à pandemia, não se poderá realizar a tradicional procissão pelas ruas da vila nem a distribuição dos ramos que integram esta celebração. Os fiéis que queiram ver os seus ramos benzidos terão de os levar já de casa e, no final da eucaristia será feita uma pequena comemoração do Senhor dos Passos, com um momento de oração.
Para evocar este que é um dos pontos altos das cerimónias da Semana Santa serão decorados alguns espaços na vila.
Na quinta-feira Santa, pelas 21h00, terá início a missa vespertina da Ceia do Senhor, este ano sem o rito do lava pés. Já no dia seguinte, Sexta-Feira Santa, irão decorrer diversas celebrações na Igreja de S. Pedro, terminando com a Via Sacra e comemoração do Enterro do Senhor, que irá substituir a procissão que habitualmente percorre as ruas da vila, apenas iluminada pelos archotes dos participantes. No sábado à noite irá decorrer a vigília pascal e, no domingo de Páscoa, serão celebradas missas na Igreja de S. Pedro (11h30) e Santuário do Senhor da Pedra (18h00). Todas estas celebrações são transmitidas através do Facebook, nas páginas das paróquias e da Semana Santa de Óbidos. “Estas celebrações atraíam muitas pessoas de fora, inclusivamente do estrangeiro, e assim é uma forma de poderem acompanhar à distância”, explica o pároco de Óbidos, Ricardo Figueiredo, à Gazeta das Caldas.
Também o programa cultural, que completava a vertente religiosa, sofreu grandes alterações, tendo em conta que não são possíveis os concertos nem palestras. Estão propostas algumas atividades, que podem ser assistidas através da internet, na Página da Semana Santa de Óbidos, como momentos evocativos de concertos e anteriores celebrações, bem como uma exposição virtual.
A Semana Santa de Óbidos é organizada pelas Paróquias de Óbidos, município, Óbidos Criativa e Santa Casa da Misericórdia. A organização deixa o convite para que as pessoas participem, mas tendo em conta as regras impostas pela pandemia. “É sempre importante que não se percam as tradições e que se continuem a assinalar, mesmo numa pandemia, mas em segurança e com responsabilidade”, concretiza Ricardo Figueiredo.
Com as novas normas do desconfinamento são reiniciadas as celebrações públicas, com os horários habituais. Até à Páscoa mantêm-se suspensas as celebrações nas capelas, atos de culto público e as atividades presenciais da catequese. Para assistir às celebrações, os fiéis terão de manter o distanciamento social, usar máscara e desinfeção das mãos na entrada dos templos. ■