Tratamentos termais estão a “corresponder às expetativas”

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António Santos Silva espera uma maior adesão “das gentes das Caldas” às termas
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A 15 de maio assinala-se a abertura oficial do Hospital Termal. Com tratamentos a funcionar naquele edifício e no Balneário Novo, as termas das Caldas esperam atingir os 700 aquistas até ao fim do ano

Sábado foi um dia concorrido no Hospital Termal, com várias consultas agendadas para pacientes que se preparam para fazer tratamentos do foro músculo-esquelético. Estes tratamentos começaram a ser feitos em outubro do ano passado, depois de reabilitada a ala sul do edifício, com uma intervenção ao nível das infraestruturas e equipamentos, contemplando banheiras de hidromassagem, duches vichy, de jato e circular e também equipamentos de vapor, para realização de tratamentos clínicos e de bem-estar. “De forma geral estamos a corresponder à expetativa das pessoas que nos procuram para fazer tratamentos, pois ficam satisfeitas com a sua qualidade”, explicou o diretor clínico, António Santos Silva, à Gazeta das Caldas.

Os tratamentos músculo-esqueléticos funcionam na ala sul do Hospital Termal desde outubro do ano passado

Com uma capacidade diária de cerca de 50 tratamentos das vias respiratórias e de 30 músculo-esqueléticos, os serviços funcionam de segunda-feira a sábado e há dias em que conseguem atingir a sua capacidade máxima. No entanto, é a oferta de um tratamento diferenciado, com qualidade, que distingue esta estância termal.
Ainda sem contas feitas, Santos Silva estima que possam acabar o ano com perto de 700 aquistas a fazer tratamentos no Hospital Termal. “O objetivo era chegar rapidamente aos 1250, para depois poder sonhar um bocadinho”, diz o diretor clínico, acrescentando que a afluência de aquistas permite avaliar o desafio da construção de um edifício novo ou da reabilitação de algumas instalações.
Mas, para que isso aconteça, é “fundamental a adesão das gentes das Caldas”, refere o médico dando conta que têm registado um “número significativo” de consultas, mas que a maioria não é deste concelho. “As gentes das Caldas podem utilizar as termas não só na ótica da cura termal mas também de bem-estar”, realça Santos Silva.
A exceção é feita aos pacientes encaminhados por médicos, nomeadamente otorrinos e pneumologistas das Caldas, que têm enviado população mais jovem e a “cujas expetativas estamos a corresponder positivamente com os nossos tratamentos”, concretiza.
Na componente músculo-esquelética os tratamentos são normalmente feitos por pessoas com idade mais avançada, enquanto que a resposta ao nível das doenças das vias respiratórias abarca os mais jovens, tal como acontece com os tratamentos de bem-estar.

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“Do melhor que vi”
Com um problema que lhe afeta a coluna, António de Oliveira Dias foi fazer tratamentos termais por indicação do médico de família. “Já fiz termas em S. Pedro do Sul, onde tinha muita gente, mas aqui desde a recepção, passando pela limpeza, até às assistentes que dão apoio nos banhos, foi do melhor que vi”, conta o aquista residente nas Caldas.
Foram-lhe indicados, pelo médico hidrologista, 14 tratamentos que António de Oliveira Dias fez e registou resultados. “Gostei muito e vou repetir em novembro”, disse à Gazeta das Caldas, dando nota do atendimento personalizado que ali encontrou. E partilha um episódio: dois dias antes de começar os tratamentos teve de ir ao hospital porque tinha tensão alta. Relatou a situação quando chegou ao Termal e teve sempre uma enfermeira a acompanhá-lo enquanto fez o tratamento e, no final, mediu-lhe a tensão arterial. António de Oliveira Dias reconhece que ainda muitos caldenses não conhecem estas novas termas e aconselha-os a uma visita, assim como a pessoas que vêm de fora, sugerindo, neste caso, a criação de pacotes integrados, compostos por alojamento, lazer e gastronomia. “Isto é uma pérola, tem de ser bem explorada”, conclui.■

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