Conselho de Administração do CHO explica macas retidas com a elevada afluência
A notícia correu o país: as urgências do Hospital das Caldas ficaram “entupidas” , com várias ambulâncias paradas durante largas horas à porta da unidade hospitalar durante o dia e a noite de 3 de janeiro, porque as respetivas macas estavam retidas na unidade de saúde. Alguns doentes estiveram nas ambulâncias à espera de serem atendidos.
As macas retidas no Hospital das Caldas não são uma novidade, mas na segunda-feira, dia 3 de janeiro, o cenário era particularmente grave.
O Conselho de Administração do Centro Hospitalar do Oeste esclareceu que tal se deveu a “motivos de sobrelotação dos espaços e impossibilidade de admissão de novos doentes em condições de segurança” na urgência. “Atualmente a situação já foi ultrapassada, não existindo macas retidas”, realçaram.
É que nesse dia foram atendidos na Urgência Geral da Unidade de Caldas 155 doentes, quando no mesmo dia de 2021 o número de atendimentos foi de apenas 87.
No que respeita às Áreas de Atendimento Respiratório das Caldas (ADR-SU), foram ontem atendidos 58 doentes, contra os 14 admitidos no mesmo dia do ano, em 2021. Já em Torres Vedras, foram admitidos 149 doentes na Urgência Geral (no mesmo dia de 2021, foram 109) e 49 no ADR-SU (no mesmo dia de 2021, foram 23).
“Importa referir que uma parte dos doentes (35% na Urgência Geral e mais de 50% nos ADR-SU) que têm acorrido a estes Serviços, são doentes com prioridade clínica verde (pouco urgente) segundo o protocolo de triagem de Manchester, que poderiam ter resposta noutros locais”, alertam os responsáveis, acrescentando que se verifica “ainda uma procura dos Serviços de Urgência apenas para a realização de testes covid, que em nada beneficia a capacidade de resposta para os doentes efetivamente urgentes”. ■
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