Associação precisa de famílias e voluntários disponíveis para ajudar na reabilitação dos animais que viviam em situação extrema
A CRAPAA – Caldas da Rainha Associação de Proteção de Animais Abandonados realizou o resgate de 26 animais no concelho das Caldas da Rainha, de uma habitação de uma família desfavorecida.
Estavam cerca de 26 animais numa habitação “sem as mínimas condições para animais e para humanos”, refere a associação, que acrescenta que o caso já vinha a ser acompanhado desde fevereiro deste ano pela GNR, pela veterinária municipal e pela assistência social. Sem verificar alterações na situação, a CRAPAA resolveu atuar, numa primeira ação, no dia 30 de julho.
“Falámos com os proprietários… era uma situação de extrema urgência, na qual aqueles animais e pessoas não podiam continuar a viver daquele modo”, refere a CRAPA.
Os animais estavam infestados de parasitas, manifestavam várias falhas de pelo devido a alergia à pulga, “o cheiro que vinha da habitação era insuportável e a falta de higiene era notável…”
A retirada dos animais foi realizada em quatro fases. Na segunda recolha, além dos animais resgatados, foram desparasitados interna e externamente todos os animais que ficaram na habitação. A associação deixou, ainda, ração para que fossem alimentados de forma conveniente.
O processo de resgate ficou concluído a 21 de setembro. No total foram retirados 19 animais, dos quais 15 canídeos e quatro felinos. Como a CRAPAA não dispõe de gatil, os felinos foram acolhidos por uma família de acolhimento temporário. Na habitação ficaram 2 cães e 5 gatos.
Na última das recolhas, a associação acolheu no seu abrigo duas cadelas do canil municipal para que ali ficassem dois machos deste caso, uma vez que o abrigo já não tinha capacidade para os receber em segurança.
Com o resgate finalizado, a associação está a apelar a voluntários que possam ajudar na reabilitação destes animais. “Muitos deles não sabiam o que era a luz do dia, passear, ter uma taça de comida, uma cama quentinha e seca só para eles”, afirma a associação.
A vacinação deverá ser assegurada pelos serviços de veterinária da autarquia, que também assegura a esterilização e colocação dos chip de identificação nos 19 animais que foram resgatados. ■