A aplicação da Cruz Vermelha que pode salvar vidas

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Maria Beatriz Raposo
Como fazer um kit de primeiros socorros? Quais os números de emergência no estrangeiro? O que fazer em situações de emergência relacionadas com alergias, ansiedade, ataque cardíaco, AVC, crise de asma, insolação…? Como lidar com incidentes do dia-a-dia como um corte de energia, um deslizamento de terras, ou um incêndio? Estas são apenas algumas perguntas que encontram resposta em “Socorrismo – Cruz Vermelha”, uma aplicação criada pela Cruz Vermelha no ano passado, no âmbito das comemorações do seu 150º aniversário. Gratuita e disponível para os sistemas Android e iOS, esta aplicação consiste numa ferramenta útil, com informação que pode mesmo salvar vidas (nem que seja porque lhe diz como actuar enquanto espera uma ambulância). Apresentada de uma forma dinâmica, a informação surge através de vídeos, fotografias e pequenos textos. Há ainda uma secção que responde às perguntas mais frequentes sobre uma determinada situação e outra em que o utilizador pode testar os seus conhecimentos. Façamos uma breve simulação com um dos acidentes mais comuns dentro de casa: as queimaduras. A aplicação divide a nossa acção em três passos essenciais (que também são ilustrados em vídeo): em primeiro lugar deve arrefecer-se a queimadura debaixo de água fria durante, pelo menos, 10 minutos (é disponibilizado um cronómetro, para o utilizador poder contabilizar o tempo); em seguida, caso a queimadura necessite de mais cuidados médicos, deve-se cobri-la com papel celofane (ou um saco de plástico) sem apertar; se a queimadura afectar uma criança, mais que uma parte do corpo ou zonas muito sensíveis como as mãos, pés ou face, convém ligar para o 112.
Além desta informação base, a aplicação justifica o procedimento em cada um dos passos. Por exemplo, a água é eficaz porque reduz o inchaço, enquanto a cobertura com papel celofane ajuda a prevenir infecções, mantendo a área da queimadura limpa. Esta é a cobertura ideal porque não se cola à pele, ao contrário do que acontece com os pensos adesivos. O utilizador é ainda aconselhado a não utilizar gelo para arrefecer o ferimento, nem a retirar a roupa que esteja colada à queimadura. Às queimaduras juntam-se mais 20 situações de emergência: alergias, crises de ansiedade, ataque cardíaco, AVC, choque, crise de asma, crise epilética, crise diabética, distensões e entorses, envenenamento/situações perigosas, fraturas, hemorragias, hipotermia, estado inconsciente, insolação, lesões na cabeça, meningite, engasgamento, picadas ou mordeduras de insectos e crises psicológicas. Existe também um painel para acidentes do dia-a-dia, como cortes de energia, deslizamento de terras, emergências químicas, incêndios, furacões, inundações, ondas de calor, períodos de seca, sismos, tsunamis, vulcões, entre outros. Por exemplo, em caso de cheias, é aconselhável que a pessoa esteja equipada com kit de emergência (que a aplicação também ensina a preparar), que compre um rádio a pilhas, que verifique se a propriedade está localizada numa zona propícia a cheias e que desligue a electricidade e a torneira da água. Estas são apenas as três primeiras dicas, pois a aplicação disponibiliza uma vasta lista de conselhos que explicam como actuar antes, durante e depois da inundação. “Socorrismo – Cruz Vermelha” disponibiliza ainda informação sobre a própria instituição humanitária, sobre como fazer um donativo, tornar-se voluntário ou membro. Existe também uma opção onde o utilizador pode partilhar o seu testemunho.
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