A importância de cuidar da audição e as consequências da perda auditiva para outras áreas da saúde

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A Organização Mundial de Saúde estima que hoje em dia 466 milhões de pessoas em todo o mundo têm perda de audição incapacitante (>40dB). Em 2050 este valor duplicará por via de hábitos auditivos cada vez mais comprometedores da saúde auditiva (como, por exemplo, a exposição constante a ruído recreacional por parte da maioria da população entre os 12 e os 35 anos).
Apesar de ser um problema comum e para o qual hoje em dia existam soluções eficazes, uma grande percentagem da população não procura ajuda, nem faz exames . É necessário, no entanto, entender que quando se ignoram os primeiros sintomas de perda de audição, está a desvalorizar-se não só o impacto deste problema na qualidade de vida (comunicacional, social e relacional), mas também o efeito negativo que a perda de audição tem na memória auditiva, na memória operacional e nas capacidades cognitivas.
Segundo os estudos do investigador da Universidade Johns Hopkins em Baltimore (EUA) Frank Lin, as pessoas com perda de audição provocada por envelhecimento, e não reabilitadas, apresentam uma velocidade de declínio cognitivo de 30% a 40% mais rápida que uma pessoa com audição normal, e um aumento em 24% do risco de perdas de valências cognitivas (tais como concentração, memória, planeamento). O mesmo autor aborda a identificação de uma maior probabilidade de demência em pessoas com perda de audição.
Conclui-se assim, que não se deve adiar a procura de solução para um eventual problema auditivo. Aos primeiros sinais de perda de audição, deve fazer-se uma avaliação auditiva com um audiologista, principalmente no caso das pessoas com mais de 65 anos. Entenda-se como primeiros sinais de perda de audição: dificuldades em perceber; colocar sistematicamente a TV mais alta; pedir constantemente às pessoas para repetir o que dizem; estar mais desatento ou sentir cansaço excessivo após um convívio social; etc.

Centro Auditivo Widex das Caldas da Rainha