Hoje em dia, as conversas dos adultos giram em torno do COVID-19, um novo vírus que não é assim tão amigável como inicialmente se pensava. Gera conversa, discussão e preocupação, o que acaba por transparecer às crianças que se encontram ao nosso redor.

“Mas afinal, quem é este vírus?“
O COVID-19 é um vírus que pertence a uma família de vírus já previamente conhecida – os coronavírus – que pode causar doença no animal e no Homem, afetando normalmente o sistema respiratório. A designação COVID-19 prende-se com a doença infeciosa que começou em Wuhan, na China, durante o mês de Dezembro de 2019.

“Como é que o COVID-19 pode ser transmitido?”
O COVID-19 pode ser transmitido através do contacto direto com gotículas respiratórias de uma pessoa infetada (gerados através da tosse ou espirros) ou contacto com superfícies contaminadas pelo vírus. Este pode sobreviver em superfícies desde poucas horas até vários dias, no entanto, a limpeza de superfícies pode ser eficaz na eliminação do mesmo.

“Como é que o vírus se comporta em crianças?”
O novo coronavírus tem poupado as crianças, ou seja, os mais pequenos têm tendência a apresentar sintomas ligeiros e um menor risco de doença que os adultos. No entanto, a população pediátrica é um excelente transportador do vírus para outras pessoas, nomeadamente, pais e avós. Deste modo, devemos tomar precauções, principalmente na proteção dos mais velhos. Assim, é preferível que crianças e avós evitem um contacto social próximo e vão falando através de redes sociais, chats e telemóvel.

“Quais os sintomas que uma criança pode apresentar?”
As crianças podem ter febre, tosse e por vezes dificuldade em respirar. Em alguns casos apresentam dores no corpo, dor de garganta, cansaço ou diarreia. No entanto, as crianças infetadas com COVID-19 podem não ter qualquer sintoma ou apresentarem, apenas, sintomas ligeiros, semelhantes a uma constipação ou gripe.

“Quando é que devo levar o meu filho ao Serviço de Urgência?”
Os sintomas ligeiros (febre, espirros, tosse, vómitos e diarreia) devem ser controlados em casa. Se apresentarem febre persistente, gemido, irritabilidade, recusa alimentar, vómitos ou diarreia persistentes, manchas no corpo ou dificuldade em respirar devem dirigir-se ao Serviço de Urgência.

“Devo abordar o assunto do COVID-19 com o meu filho?”
É importante conversar acerca da COVID-19 de forma clara e adequada à idade para diminuir a ansiedade face a este assunto. É igualmente importante, explicar que existe um limite de tempo para este isolamento – a noção de início e de fim transmite confiança e esperança. De realçar, que as crianças observam o comportamento dos adultos em busca de sinais sobre como gerir as suas próprias emoções em momentos difíceis. Deste modo, é importante encontrar formas positivas de expressão de sentimentos.
Dado que ainda não existe um tratamento eficaz os nossos comportamentos têm de ser adaptados… Os beijinhos e abraços devem ser evitados; as aulas decorrem dentro de casa e não numa sala de aula; as idas à praia serão feitas com mais cuidado, mantendo um distanciamento social; os brinquedos e as superfícies de contacto devem ser lavados com maior frequência; a máscara e a lavagem das mãos terão que fazer parte da nossa rotina diária. O mundo mudou, o que em tempos nos parecia como adquirido é agora um luxo que (ainda) não podemos usufruir. Temos que nos adaptar a esta nova e estranha realidade, com a certeza de que este será um capítulo da história onde deixamos a nossa marca, com o lema #Vaificartudobem. Este capítulo deve ser encarado como um momento de aprendizagem e reflexão, com a certeza de uma nova esperança e de um futuro definitivamente melhor.

Mariana Pedro
Marta Caldas