A Semana do Zé Povinho

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Zé Povinho quer aplaudir a realização do ArtShow. Não é todos os dias que se conseguem reunir 250 artistas de todo o país nas Caldas da Rainha, cidade que foi das artes e há muito que não via nada assim. Está, pois, de parabéns a empresária Paula Mendes e a sua equipa, bem como a própria Expoeste, que percebeu o potencial da iniciativa e abriu as suas portas para uma parceria onde a conjugação das boas vontades produziu bons efeitos.
O evento mostrou que contém em si sementes que poderão originar uma ainda melhor iniciativa no futuro, fazendo recordar os bons velhos tempos em que as Caldas recebia fóruns de cariz internacional, como os Encontros de Arte e as Bienais de Escultura e Desenho.
Zé Povinho faz uma vénia a todos os que fizeram do Art Show um local aprazível, aos artistas e aos cantores, sem esquecer os formadores e os artesãos. E espera que para o ano o evento regresse com mais força e mais apoios. À empresária Paula Mendes não lhe faltará a “garra” necessária para o repetir.

Nas últimas semanas Zé Povinho, para mal dos pecados dos portugueses, não tem tido grande dificuldade em escolher vítimas do seu juízo.
O governo de Passos Coelho e a troika, representando o FMI, a Comissão Europeia e o Banco Central Europeu, têm dado com fartura razões para estes juízos negativos, mesmo que os portugueses, como outros povos sujeitos à mesma bitola, tenham algumas culpas no cartório.
Contudo, estes organismos internacionais, com técnicos altamente credenciados e pagos a peso de ouro, durante vários anos não ligaram ao que se passava nos países, podendo mesmo tê-los incentivado a práticas que agora condenam (e em que os países hoje mais intolerantes também já incorreram – a própria Alemanha já teve défices acima do permitido pela legislação comunitária).
Na última semana foi uma vez mais o senhor ministro das Finanças, Dr. Vítor Gaspar, que, num tipo intervenção habitual, com voz para adormecer os ouvintes, veio anunciar um “enorme aumento de impostos” para os portugueses. Isto depois de ter enumerado os vários “êxitos” no cumprimentos das medidas de austeridade (Zé Povinho nem quer pensar em como seriam as medidas se não tivesse havido esses “êxitos”!…)
Desta vez quase ninguém escapou. E até o ex-lider do PSD e também ex-ministro de vários governos, Dr. Marques Mendes, veio dizer que isto é um autêntico “assalto à mão armada” aos contribuintes e que estas medidas “matam” a classe média.
Zé Povinho acha que a mão não lhe deve ser leve e vem uma vez mais penalizar o ministro Vítor Gaspar, que, ainda por cima, deixou sobre a cabeça dos portugueses outra ameaça que é a de aumentar o IMI sem qualquer proporcionalidade ou rigor.

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