A Semana do Zé Povinho

0
528
- publicidade -

O Dr. Mário Rui Araújo está de parabéns por ter conseguido que um projecto português, entre 70 candidatos de todo o mundo, fosse o feliz contemplado com o primeiro prémio da Sunstar Foundation for Oral Health Promotion. Trata-se de uma fundação internacional que em cada três anos distingue projectos de saúde oral.
O júri entendeu que o SOBE – Saúde Oral nas Bibliotecas Escolares merecia ser o vencedor deste ano, tendo atribuído o galardão ao higienista Mário Rui há duas semanas na cidade do Cabo, na África do Sul.
O SOBE é um projecto com alma lusa porque é facilmente exportável para países onde se fala português, estando já também implementado em Timor onde as crianças acedem nas escolas a um kit com manuais, posteres, jogos e CDs que motivam para os cuidados da boca. Uma forma de evitar males maiores quando estes jovens chegarem à idade adulta.
Claro que para se vencer um projecto internacional, é preciso muito trabalho e muitas doses de entusiasmo e de voluntarismo, para além de uma boa equipa com quem o Dr. Mário Rui trabalhou.
E é preciso também conhecimento e experiência. Este higienista, caldense por adopção, tem-na, somando cursos em Portugal e no estrangeiro, todos relacionados com a sua área de trabalho.
Por isso, Zé Povinho cumprimenta e felicita-o por este prémio. Boa sorte, Dr. Mário Rui.

Zé Povinho tem origem num caricaturista insubmisso, mas também tem consciência que nem todo o género de contestação atinge os seus objectivos se utilizar meios que não agradam aos zés povinhos no seu conjunto.
Desde há alguns anos que as paredes caldenses têm sido invadidas por toda a espécie de pinturas, garatujos e escritos, na sua grande maioria sem qualquer qualidade nem razão de ser.
Zé Povinho até podia apreciar grafities bem desenhados em paredes de edifícios abandonados em locais escolhidos para o efeito, mas observar toda uma cidade que se quer capital do comércio, das termas e da cultura, totalmente desfeada por este tipo de actuação, não é do seu agrado.
Periodicamente há proprietários que fazem a limpeza às suas fachadas, gastando largas quantias de dinheiro, para tornar os seus edifícios de acordo com o que se exige numa sociedade moderna e evoluída. É o que agora está a ser feito na estação rodoviária, um edifício concebido pelo Arq. Korrodi e que merece bem ser apreciado pelos transeuntes que por ali circulam.
Mais do que as medidas repressivas que foram aprovadas este mês, os caldenses têm de se consciencializar que não podem continuar a ver surgir em toda a cidade este género de poluição visual.
No terra que tem uma das escolas de arte e design mais prestigiadas a nível internacional, não é curial que quem venha visitar a escola encontre uma cidade totalmente suja pelo desmazelo ou pela má vontade de alguns dos seus cidadãos.
Zé Povinho lança aqui um apelo aos grafiters para que de uma vez por todas tomem consciência que os seus procedimentos não são correctos e que vão ter efeitos contraproducentes em relação aquilo que em última instância pretendem apregoar.
Se não tiverem respeito pelo património comum, os outros não vão ter respeito sobre eles e não irão mais admitir estas atitudes. E até pode acontecer que um pequeno infractor algum dia, com ânimos mais exaltados, venha a pagar por todos.
Zé Povinho lamenta esta falta de consciência colectiva que tem impedido que a cidade tome uma nova imagem, mais limpa e cuidada.

- publicidade -