Gazeta das Caldas 95 anos

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José Luiz de Almeida e Silva (Director)

Nesta edição comemorativa convidámos um conceituado e consagrado caldense, quer pela sua carreira profissional como pela sua experiência na criação literária, para dirigir simbólica e concretamente a Gazeta das Caldas.
Como os leitores irão ver, esta iniciativa, que esperamos repetir com outros convidados noutros momentos expressivos, foi totalmente ganha e todos se poderão enriquecer com os mais variados contributos quer do director convidado, como dos seus convidados para participarem nesta edição. A mesma começa pelo próprio Presidente da República, Prof. Marcelo Rebelo de Sousa, que também nos honrou neste aniversário, quer pelos outros convidados, alguns importantes figuras hoje da comunicação social nas várias vertentes.
A todos agradecemos reconhecidamente a sua participação, mas não podemos nem queremos esquecer e também destacar o papel de todos aqueles que desde 1 de Outubro de 1925 contribuíram para engrandecer e dar vida a este jornal quase centenário.
Desde os fundadores, que idealizaram o jornal com os mais legítimos e genuínos propósitos de criar um palco para defender o desenvolvimento e valorização da região e com particular destaque das Caldas da Rainha, que, como o Presidente da República bem releva, quiseram criar um “Jornal Regionalista”, até todos os outros, com as vicissitudes das várias épocas que atravessaram, sempre defenderam no fundo Caldas da Rainha e a sua região.
Ao longo dos 95 anos muitos colaboraram neste projecto, bastantes de forma voluntária e benévola, quer na área redactorial como da edição, da gestão e publicidade, outros de forma profissional em tempos mais recentes, mas não queremos destacar nenhuns para evitar esquecimentos ou ingratidões.
Contudo, não podemos omitir ainda todos aqueles que se consideram parte também desta aventura comunicacional e empresarial, que são os assinantes, leitores, anunciantes e mesmo os mais críticos que nos fizeram refletir o caminho em momentos cruciais, para melhorar e ultrapassar os escolhos naturais da vida.
Todos permitiram trazer até hoje este projecto que tinha como ideia central, no seu primeiro número, dos fundadores: “Não nos movem animosidades, não nos sacodem vaidosos desejos de grandeza. Estamos convencidos de que, com a nossa presença preenchemos uma lacuna; e, assim, saudamos os habitantes das Caldas e sua região, com o desejo de trabalho fecundo e progresso contínuo.”
E concluíam nessa data já distante de 1925, mas que parece tão próxima pelas motivações: “Que as desilusões nos não toquem a alma, e que nos encoragem os nossos ideaes, todos aqueles que, desassombradamente, trabalhem para o bem comum.”