
A administração do Hospital Bernardino Lopes de Oliveira, em Alcobaça, vai passar do Centro Hospitalar do Oeste para o Centro Hospitalar Leiria-Pombal (CHLP) a partir de 1 de Setembro, passando igualmente a integrar a rede da Administração Regional de Saúde do Centro.
A alteração foi publicada a 9 de Agosto em Diário da República e é vista com bons olhos pelo presidente da Câmara de Alcobaça, Paulo Inácio. “Numa altura em que se colocava em causa o próprio hospital, temos uma solução válida de melhor saúde para todos”, referiu em conferência de imprensa.
O chefe do executivo alcobacense acredita que a mudança trará um salto qualitativo àquela unidade, que tem gerado grande número de queixas em relação à qualidade dos serviços.
“Pelas conversas que tivemos, o Dr. Hélder Roque [presidente do Centro Hospitalar de Leiria] está empenhado em subir a qualidade dos tratamentos de saúde para o concelho”, adiantou o autarca, que garantiu um esforço conjunto junto do Ministério da Saúde para que esse salto qualitativo seja real.
Paulo Inácio, que manifestou descontentamento pelo excessiva demora no processo, sublinhou que o hospital Bernardino Lopes de Oliveira passa agora a integrar aquele que é considerado um dos melhores hospitais do país, com a vantagem da unidade leiriense reunir praticamente todas as valências. “Só em casos muito específicos, como do foro neurológico, poderá haver necessidade de transferências para os hospitais de Coimbra”, informou.
O hospital de Alcobaça, que serve também a Nazaré, vai funcionar como unidade de urgência básica para todo o concelho, apesar do diploma prever que os utentes das freguesias da Benedita, Alfeizerão e São Martinho possam continuar a ser assistidos nas Caldas da Rainha, por questões de proximidade.
Paulo Inácio explicou que o Estado teve em consideração a requisição autárquica tal como foi redigida, que atendeu às solicitações dos presidentes daquelas juntas de freguesia, mas afirmou que “todo o concelho responde em primeira instância ao hospital de Alcobaça”.
Paulo Inácio acredita que o hospital manterá todas as valências de que dispõe e que possam vir ser criadas mais algumas.
Joel Ribeiro
jribeiro@gazetadascaldas.pt