“Leiria tem redobradas razões para votar na coligação PSD-CDS pelo investimento feito”

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A cabeça de lista pelo círculo eleitoral de Leiria quer manter, pelo menos, os cinco deputados na Assembleia da República
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Assumindo como prioridade a passagem do Politécnico a Universidade, Margarida Balseiro Lopes defende investimento na saúde e na segurança e alerta para aumento da violência doméstica no distrito

No que respeita ao novo Hospital do Oeste afirmou que “existiu um processo deixado pelo PS com um resultado que não beneficia o distrito” e que este está a ser “reavaliado para que uma decisão possa ser tomada em breve”. A melhor localização, para o distrito, será as Caldas?
Ainda bem que me faz a pergunta porque me permite esclarecer. Uma solução que não seja consensualizada com os autarcas do distrito de Leiria, abrangidos naturalmente pelo Centro Hospitalar do Oeste, não é uma solução que beneficie o distrito. A preocupação máxima tem de ser de construir o hospital. Temos ouvido muitas promessas ao longo dos últimos anos mas a verdade é que, pela primeira vez, nós temos uma verba no Orçamento do Estado que já está em vigor, de 265 milhões de euros para a construção do hospital. E, portanto, a solução encontrada tem de considerar as características da população e as necessidades da população dos concelhos abrangidos pelo CHO, deve estar acima dos interesses partidários e deve ser tomada o mais rapidamente possível para que o início do projeto se possa efetivar este ano.

Que outras medidas para resolver os problemas de saúde?
Em primeiro lugar, investir nos cuidados de saúde primários. Há a aposta feita nas Unidades de Saúde Familiar de tipo C, que estão inscritas em lei há muitos anos mas que nunca ninguém avançou com elas. O objetivo é criar soluções inovadoras, contando com a capacidade instalada do setor privado e do setor social, e que no caso, da zona Oeste, foram concretizadas duas manifestações de interesse para as Caldas e uma para Óbidos. Estamos a falar de atribuição de médico de família a cerca de 16 mil pessoas. Mas no distrito houve mais três manifestações de interesse na ULS de Leiria e para o norte de Leiria, abrangido pela ULS de Coimbra. Conseguimos atribuir médico a mais 150 mil pessoas, mas tivemos mais de 200 mil pessoas a inscreverem-se no SNS. Temos que robustecer as respostas.

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Que outras prioridades tem a AD para o distrito?
Há uma prioridade máxima que tem a ver com a transformação do Politécnico de Leiria em Universidade de Leiria e Oeste, que beneficia todos os concelhos do distrito e que merece o nosso forte apoio. Será uma forma de reter os jovens.

Como é que se pode aumentar a influência política do distrito?
Uma das formas é, de facto, eleger pessoas de Leiria, que tenham sensibilidade para o distrito e que venham cá regularmente e não só em períodos eleitorais. É a única forma de sentirmos os problemas e de conseguirmos resolvê-los. Dar nota de duas preocupações, o IC2, em que já se iniciaram as obras da ligação de Leiria a Pombal, mas também o IC8, em que a realização de obras é uma prioridade absoluta. Outra preocupação que tenho tem a ver com a segurança. Vemos o RASI, Relatório Anual de Segurança Interna de 2024, registou-se um aumento de 2,6% da criminalidade violenta e grave e o distrito de Leiria teve um aumento de quase 30%. Não são perceções.

E o que pode ser feito para a combater?
Em primeiro lugar, nós precisamos de um reforço de efetivos e aqui, obviamente, a valorização das carreiras das Forças de Segurança é essencial. Também a questão da videovigilância tem de ser uma prioridade porque as pessoas têm de se sentir seguras e, em terceiro lugar, o investimento na requalificação de esquadras e de quartéis. E deixe-me só acrescentar um ponto, porque é uma área que é muito crítica para mim. O distrito verificou um aumento muito significativo no número de ocorrências de violência doméstica. A nível nacional houve uma redução muito ligeira, 0,8%. O distrito é o quinto a nível nacional onde a violência doméstica mais subiu. E aqui tem de haver investimento nas tipologias de resposta que existem para apoiar as vítimas. Nós temos três tipos de resposta, que são as casas-abrigo, as respostas de acolhimento de emergência e as respostas de atendimento. O distrito só tem uma resposta para cada uma destas três tipologias, concentradas apenas em dois concelhos.

Elegeram cinco deputados pelo distrito no ano passado. O que seria um bom resultado?
O nosso objetivo é subir a votação e, pelo menos, manter o número de eleitos.

A polémica entre o anterior cabeça de lista, Telmo Faria, e o presidente da distrital, Hugo Oliveira, pode afetar esse resultado?
Não, acho que não. O Telmo Faria é um dos maiores ativos que o PSD tem no distrito e o partido, certamente, vai continuar a contar com o Telmo no futuro.
Creio que as pessoas farão o exercício, se avaliam positivamente ou não o trabalho feito pelo Governo nos últimos 11 meses. Leiria tem redobradas razões para votar na coligação do PSD-CDS pelos exemplos do investimento que o Estado está, finalmente, a fazer em no distrito.

É uma candidata jovem e mulher, como é que vai tentar chegar a este eleitorado?
É falando daquelas que são as preocupações que importam. Não sei se haverá muitos candidatos a falarem desta forma da violência doméstica. E falo desta forma porque me sensibiliza muito, mas porque também, ao longo do último ano, tomei decisões para apoiar as vítimas de violência doméstica. Os jovens sabem que, hoje, em Portugal, se comprarem casa, não pagam impostos. É uma das medidas tomadas por este governo e onde o meu ministério esteve particularmente envolvido. Alargámos o IRS Jovem para 10 anos e aumentámos também o seu impacto. ■

Parceria Região de Leiria / Gazeta das Caldas

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