Renata Henriques viajou 25 mil kms a pedalar

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Cerca de meia centena de pessoas assistiu à sessão que decorreu no Museu de Ciclismo
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Em fevereiro do último ano, a Gazeta das Caldas deu a conhecer a história da caldense Renata Henriques e o seu projeto Fora da Roda, que a leva a viajar pela Europa, a pedalar na sua Alma (nome da bicicleta).

A jovem, de 33 anos, esteve no dia 8 de março, Dia da Mulher, a falar, no Museu de Ciclismo, sobre as suas aventuras.

A sessão contou com uma plateia bem composta, com meia centena de pessoas.

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Renata explicou que viaja com uma bicicleta normal, de trekking, e as suas motivações, ligadas com a sustentabilidade e a natureza. Estávamos em 2022 e esta então programadora, começava a sua viagem, em Amesterdão. Mas isso já nós contámos.

Nas Caldas, a jovem partilhou, por exemplo, os países que visitou e os animais que foi vendo, como renas, veados, raposas e papagaios do Ártico, baleias e focas, entre outros. Viu auroras boreais e diz que nesta aventura de 25 mil quilómetros por 22 países nunca sentiu medo.

O único receio está relacionado com a partilha das vias com os condutores, deixando um alerta a todos.

Renata admite que continua “a levar coisas a mais, mas cada vez são menos”. Partilhou que usa um painel solar para carregar gadgets e filtros para a água. “Até agora tive apenas três furos”, respondeu, quando questionada pela plateia.

A aventureira destaca a simpatia das pessoas que tem encontrado ao longo da viagem.

Renata está atualmente nas Caldas, mas já com a cabeça na próxima viagem. “Ainda estou a definir os países, mas quero ir das Caldas à Austrália, visitar os primos e a família, sem voar”, refere, explicando que irá, a pedalar, “até onde der” e depois apanhará um veleiro ou outro navio.

Em termos de orçamentos estipula um gasto médio diário de 10 euros que tenta não ultrapassar.

O vice-presidente da Câmara das Caldas, Joaquim Beato, frisou que “num dia bonito e simbólico”, este é “um ato de coragem”.

Já António Marques, do Museu de Ciclismo, realçou as preocupações ambientais deste projeto.

Por sua vez, Mário Lino, recordou a história de um militar que saiu de França, na I Grande Guerra, e desertou de bicicleta, vindo de lá até “ao Cadaval, a viajar sempre de noite, sem mapa” e que “viveu o resto da vida meio escondido”. Mário Lino ainda tentou adquirir, junto da família, a sua bicicleta, mas já não conseguiu.

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