Na Assembleia da República, o deputado do Bloco de Esquerda, Ricardo Vicente, defendeu a criação de uma empresa pública de dragagens para a Lagoa de Óbidos e o caldense Hugo Oliveira (PSD) quis saber quando avançava a segunda fase das dragagens. Entretanto, João Matos Fernandes, ministro do Ambiente, disse que a obra já está adjudicada e que terá início dentro de dois meses
O deputado da Assembleia da República, eleito pelo Bloco de Esquerda no distrito de Leiria, Ricardo Vicente, defendeu a criação de uma empresa pública de dragagens.
De acordo com o bloquista, o Estado gasta milhões de euros regularmente em dragagens e este serviço permitiria ganhar “eficiência operacional e financeira”.
Ricardo Vicente considera que esta solução seria vantajosa para locais como a Lagoa de Óbidos, mas também as rias Formosa e de Aveiro e portos de pesca, que necessitam da remoção de sedimentos para garantir o seu normal funcionamento.
O deputado falava na audição com o ministro do Ambiente, João Pedro Matos Fernandes, que informou que as dragagens a realizar na Lagoa de Óbidos já estão adjudicadas e que terão início em dois meses. O prazo de execução é de 18 meses, o que significa que a obra deverá estar concluída no Verão de 2021, apanhando duas épocas balneares. Também o deputado caldense eleito pelo PSD, Hugo Oliveira, questionou o governante sobre a calendarização das dragagens na Lagoa de Óbidos.
Trata-se da segunda fase deste projecto, que prevê um investimento de 16 milhões de euros para retirar 875 mil metros cúbicos de areia dos braços da Barrosa e do Bom Sucesso.
DRAGADOS LANÇADOS AO MAR
Entretanto, os dragados serão lançados directamente no mar, perto do Gronho.
A intervenção inclui ainda a valorização de uma área de 78 hectares a montante do Rio Real.
Esta obra sucede à primeira fase das dragagens na Lagoa de Óbidos, durante a qual foram retirados 716 mil metros cúbicos de areia do corpo inferior da lagoa.
O objectivo das dragagens é combater o assoreamento que periodicamente fecha o canal de ligação ao mar.
Para evitar o fecho da ‘aberta’, o governo autorizou que os municípios das Caldas da Rainha e de Óbidos possam fazer pequenas dragagens de manutenção, sob a coordenação da APA.