Marta Coutinho e Rómulos Neagu vão coordenar “partituras performativas”
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Migrantes e refugiados poderão dar a conhecer as estórias e trajetos no projeto “Casulos”. Atividade performativa será liderada pela Associação Cultural Intruso

Emigrantes, antigos imigrantes, retornados ou refugiados, provenientes dos novos fluxos migratórios, com mais de 18 anos, com ou sem experiência artística são convidados pelo projeto Casulos a participar numa atividade cultural no Museu de José Malhoa.
Esta iniciativa será liderada pela Associação Cultural Intruso, oriunda de Viseu, convidada a desenvolver uma criação coletiva que visa “criar uma nova visão sobre o presente das Caldas e de Figueiró dos Vinhos a partir das histórias daqueles que aqui chegaram a partir de outros países”, disse Romulus Neagu, responsável daquele coletivo, que esteve nas Caldas a 16 de outubro para preparar a iniciativa.
As histórias, as memórias e os trajetos de quem veio de outras paragens “serão muito bem vindos para conseguirmos criar partituras performativas”, comentou o autor que ainda convidou Marta Coutinho, também da área da Dança, para trabalhar em conjunto nesta ideia para “Casulos”.

“Casulos” quer chegar a públicos que não vão aos museus

Ambos desenvolvem projetos performativos mais em específico na área da dança e que agora serão inspirados nas histórias dos participantes e também na exposição “Casulos – Malhoa, Dado e Caroline Stein”, que está patente no Museu Malhoa, até janeiro de 2022. Será também incluída a componente do vídeo no trabalho artístico.

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Tentar chegar aos participantes
“Neste momento estamos a tentar chegar a essas comunidades, tentando alcançar as estruturas informais e independentes de imigrantes”, disseram os responsáveis, que querem ir ao encontro de quem está disposto a partilhar as suas memórias, dando os seus testemunhos sobre os seus trajetos.
Vão ainda participar outros autores convidados que também são oriundos de outras localidades, algo “bastante interessante” para os promotores, que têm “um olhar externo” e que querem “aproximar pessoas que são menos habituais nos espaços museológicos”. “
No fundo, todos somos migrantes”, consideram os responsáveis, que vão coordenar as atividades de criação aos sábados no Museu de José Malhoa e, aos domingos, na Casa da Cultura, em Figueiró dos Vinhos.
Os interessados em fazer parte desta iniciativa – de caráter performativo – poderão entrar em contato com os responsáveis do projeto através do e-mail mjosemalhoa@drcc.gov.pt

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