Comissão para a Defesa da Linha do Oeste

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A CP tentou pôr em vigor, a partir de 10 de Junho, novos horários para a Linha do Oeste, com a supressão das ligações directas das Caldas da Rainha a Coimbra e a eliminação de vários comboios também a sul das Caldas da Rainha, reduzindo claramente a oferta ao longo do dia, com claro prejuízo para os utentes sem alternativas de ligação num sentido ou no outro.

A pronta reacção da Comissão para a Defesa da Linha do Oeste, protestando contra esta intenção da CP e o descontentamento manifestado pelos utentes, fez com que a situação se alterasse, com o Ministério do Planeamento e Infraestruturas a anunciar que não dava o aval à alteração dos horários apresentada pela empresa.
Contudo, não podemos ficar descansados, já que poderão surgir novas tentativas da CP, para proceder à alteração dos horários, com o mesmo ou idêntico grau de supressão de comboios, o que é de todo inaceitável, pelo prejuízo que causa aos utentes e pelo que hipoteca o futuro da Linha do Oeste.
Não podemos descansar.
É preciso continuar a luta.
São precisos mais comboios.
Desde o início de 2017 que os utentes da Linha do Oeste sofrem os efeitos da sistemática supressão de comboios, parte das vezes substituídos por autocarros e táxis, resultado da crescente falta de composições a diesel para servir a Linha do Oeste.
Esta ausência de investimento da CP é o reflexo da opção política de sucessivos governos que têm apostado na construção de autoestradas e no consequente favorecimento do transporte rodoviário de passageiros.
Mesmo que os horários não sejam alterados, o insuficiente numero de composições continuará a provocar supressões diárias de comboios, pelo que se exige da CP a adopção de urgentes medidas para resolver este problema, sem hipotecar o futuro da Linha do Oeste.
– Pela Modernização da Linha
A modernização da Linha do Oeste, com a sua requalificação, através da electrificação, automatização da sinalização e agulhas, melhoria do traçado, duplicação da via onde se justifique, recuperação das estações e apeadeiros, coordenação dos horários com os do transporte colectivo de passeiros, é uma peça fundamental para garantir o futuro deste troço ferroviário.
O actual plano de modernização da linha, ainda em fase de projeto, peca por insuficiente, considerando que só atingirá o troço entre Meleças e Caldas da Rainha. E, ainda assim, só em 2021, estará concluído.
Pelo que se exige que o troço entre Caldas da Rainha e o Louriçal, no imediato, seja incluído num novo plano de modernização, a lançar quanto antes.

Petição com mais de 6400 assinaturas entregue na Assembleia da República

A Comissão para a Defesa da Linha do Oeste foi recebida pelo vice-presidente da Assembleia da República, em audiência, no dia 28 de Maio, a quem foi entregue a petição “Pela modernização da Linha Ferroviária do Oeste”, juntamente com 6408 assinaturas.
Espera-se agora a apreciação da petição, altura em que esta comissão poderá pronunciar-se novamente sobre o assunto e, mais tarde, em plenário.
A Comissão para a Defesa da Linha do Oeste manifesta o seu agradecimento a todos os que subscreveram a petição e aos que contribuíram para a recolha de um número tão significativo de assinaturas, na convicção de que esta disponibilidade e mobilização é o garante de que a Linha do Oeste terá futuro.

A Comissão para a Defesa da Linha do Oeste