Banca do futuro passa pelo digital, mas o contacto directo não se vai perder

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Durante seis semanas Gazeta das Caldas publicou entrevistas com os responsáveis locais dos bancos representados nas Caldas da Rainha. O aumento das comissões cobradas aos clientes são explicadas pela Euribor em terrenos negativos, o que diminuiu a rentabilidade, mas em todos os bancos existem soluções alternativas, como remunerações de saldo. O sector tem investido nos meios tecnológicos e a banca do futuro vai passar muito pelo digital, mas o contacto directo com os clientes não vai acabar.
O nosso jornal convidou todos os bancos presentes na cidade, numa iniciativa que pretende dar a conhecer os rostos das pessoas que lideram a actividade bancária nas Caldas, no âmbito do que se costuma designar por jornalismo de proximidade. O Eurobic, Novo Banco e BCP não quiseram responder.

O aumento das comissões bancárias é transversal em praticamente todos os bancos que operam no mercado. Esta foi a forma de contornar as perdas causadas por vários anos de taxas de juro negativas, que diminuíram a rentabilidade dos bancos, explicam os responsáveis bancários.
A cobrança de taxas não agrada aos clientes, por isso os bancos acompanharam o aumento das comissões com alguns benefícios para os seus clientes, como remunerações de saldo de contas, ou vantagens para quem domicilia os ordenados na sua conta à ordem.
Além disto, quase todos os bancos oferecem isenções para jovens até aos 25 ou 26 anos, assim como isenções em contas para jovens e aposentados.
Estas comissões surgem muitas vezes associadas a produtos bancários que exigem manutenção, a alternativa passa também pela adesão à banca digital, com os diversos bancos a oferecerem soluções nesta área.
Outra questão relacionada com a Euribor que afecta quem tem depósitos nos bancos são as remunerações de juros nos depósitos a prazo. As taxas de juro negativas significam que as remunerações são mínimas, o que constitui um desafio enorme para os bancos. As alternativas passam por ter outro tipo de produtos financeiros, com níveis de risco e remuneração do capital diferenciados, adequados ao perfil financeiro de cada cliente. Estes produtos passam por fundos de investimento, seguros de capitalização ou PPR.

ACESSO AO CRÉDITO

A crise que se iniciou em 2008 trouxe aos clientes bancários mais dificuldade no acesso ao crédito, dada a necessidade de apertar os critérios de aprovação para diminuir o risco do crédito mal parado. Todos os responsáveis bancários afirmaram que os bancos onde trabalham sempre tiveram critérios rigorosos na atribuição de crédito bancário.
A atribuição de crédito passa, primeiro, por aconselhar o cliente a tomar as melhores decisões financeiras de acordo com as suas necessidades e adequadas à sua taxa de esforço. É essa análise que despista o risco associado a cada situação.
Os responsáveis das agências bancárias caldenses elogiam o tecido empresarial da região, sobretudo pela diversificação que existe no âmbito das actividades económicas, potenciada também pela proximidade com Lisboa e Leiria. Ao ser um tecido empresarial composto sobretudo por micro e pequenas empresas, os gerentes consideram “estimulante” trabalhar esta área da banca em particular. O apoio às empresas verifica-se nas soluções financeiras para o investimento produtivo como ao apoio à tesouraria.

O FUTURO

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Com o mundo a caminhar a passos largos para a Era digital, a banca tem sido dos sectores que mais investe nesta área, o que é transversal a todo o sector. A inovação tecnológica passa por plataformas digitais que permitem até cruzar serviços de vários bancos.
O futuro poderá transformar as agências bancárias em escritórios com menos trabalhadores, onde os clientes podem fazer as suas operações de forma automatizada. Mas o que não vai desaparecer, acreditam os gerentes das agências bancárias caldenses, é o contacto directo e o aconselhamento.

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