As autorizações de residência para investimento, conhecidas
como vistos Gold, foram criadas há oito anos e já resultaram num investimento superior a 5 mil milhões de euros. Para o Oeste vieram apenas cerca de 2% dos 7332 pedidos (ou seja, perto de 150 vistos)
De Outubro de 2012 a Janeiro deste ano foram concedidas 8288 autorizações de residência. Mais de metade foram para cidadãos chineses (4484), seguindo-se Brasil (868), Turquia (385), África do Sul (323) e Rússia (307). A maior parte destes vistos destinaram-se para a aquisição de bens imóveis, categoria com um investimento superior a 4,5 mil milhões de euros. Em termos de transferências de capitais foram concedidas 461 autorizações, que correspondem a um investimento de 488 milhões de euros. No total foram investidos mais de 5 mil milhões de euros em oito anos. O SEF revelou à Gazeta das Caldas que “a maioria do investimento foi feito em imóveis situados nos concelhos de Lisboa e de Cascais, não sendo expressivo o investimento em imóveis nos concelhos do Oeste”. Aliás, em termos concretos foram apenas cerca de 2% dos 7332 pedidos feitos na sequência da compra de imóveis com valor superior a 500 mil euros, ou seja, cerca de 150 vistos. De resto, no ano passado foram concedidas 1245 autorizações que representaram um investimento total superior a 742 milhões de euros. Esse valor fica, ainda assim, abaixo dos 838 mil milhões de euros de 2018 e dos 844 mil milhões de euros de 2017. O ano em que foram pedidos mais autorizações foi 2014 (1516), que foi também o ano de maior investimento, atingindo os 921 mil milhões de euros. Já no mês de Janeiro de 2020 foram 81 autorizações. Neste primeiro mês do ano o investimento rondou os 45 milhões de euros.