Um estudo do INE aponta para um aumento do rendimento das famílias oestinas na ordem dos 6,7% entre 2015 e 2017. Em média, cada agregado familiar viu as suas receitas anuais aumentarem cerca de 1000 euros. Arruda dos Vinhos é o concelho do Oeste onde o rendimento médio dos agregados familiares é superior, num ranking dominado pelos municípios mais próximos de Lisboa.
Quatro dos cinco concelhos do Oeste onde as receitas anuais dos agregados familiares é mais elevada ficam na periferia de Lisboa, segundo um novo estudo divulgado no mês de Agosto pelo INE, elaborado ao abrigo de um protocolo com a Autoridade Tributária.
É em Arruda dos Vinhos que as famílias têm mais dinheiro disponível. Em média, cada agregado familiar recebeu 19.665 euros no ano de 2017. Os dados apontam para uma subida de 2,9% em relação ao ano anterior e de 6,4% face a 2015.
A liderança de Arruda dos Vinhos nesta tabela tem uma margem larga. O segundo concelho onde as famílias auferiram mais foi Alenquer, onde o rendimento médio foi de 16.722 euros, ou seja, quase 3000 euros a menos. Logo depois vem Sobral de Monte Agraço, onde o rendimento médio foi de apenas dois euros a menos do que em Alenquer.
O domínio dos concelhos mais a sul da região fecha com Torres Vedras, onde, em média, cada família auferiu 16.402 euros em 2017.
A seguir surge Caldas da Rainha, o único dos concelhos a norte a superar a fasquia dos 16.000 euros. Os rendimentos das famílias caldenses cresceu um pouco abaixo da média da região entre 2015 e 2017 (6,5%). No entanto, entre 2016 e 2017 a subida foi de 3%, acima da média do Oeste (2,8%).
Comparando o rendimento médio das famílias caldenses com os restantes concelhos do distrito de Leiria, apenas na Marinha Grande e na sede de distrito o rendimento é mais elevado (ambos ligeiramente acima dos 18.000 euros).
RENDIMENTOS A SUBIR EM ÓBIDOS
Abaixo das Caldas surge Óbidos, que é o primeiro concelho onde o rendimento médio das famílias fica abaixo da média do Oeste. No concelho obidense, o vencimento médio anual das famílias foi de 15.587 euros. Contudo, este é dos concelhos em que o aumento dos rendimentos é mais significativo. Entre 2015 e 2017 a variação foi de 7,6% (só na Lourinhã o crescimento foi superior, 8,8%), o que se traduz em mais 1.104 euros de receita. Entre 2016 e 2017, Óbidos é mesmo o concelho onde os rendimentos mais subiram (3,6%).
No fundo da tabela surge o mais rural dos concelhos do Oeste – Cadaval – onde os rendimentos médios não chegam aos 14.500 euros. Isto significa uma família no concelho do Cadaval aufere em média menos 27% do que no de Arruda dos Vinhos.
Além do Cadaval, também no Bombarral e na Nazaré os rendimentos médios ficam aquém dos 15.000 euros.
OESTE ABAIXO DA MÉDIA NACIONAL
O INE aponta que a média das receitas nos núcleos familiares é de 17.690 euros a nível nacional, o que coloca o Oeste 1.758 euros abaixo da média. A região perde também para a média registada no Centro, onde o rendimento é de 16.562 euros. No Centro, apenas as regiões de Viseu Dão e Lafões e Beiras e Serra têm valores abaixo do Oeste.