Daniel Pinto é o diretor da Escola de Hotelaria e Turismo do Oeste diz que a presença do projeto da escola entre os finalistas dos Hospitality Education Awards, assim como a candidatura do seu docente, é ao mesmo tempo motivação e responsabilidade. O diretor realça que os prémios contribuem para melhorar a visibilidade da escola.
Gazeta das Caldas: O que significa para a escola ter o projeto Festival de Cocktais do Oeste como finalista dos Hospitality Education Awards?
Daniel Pinto: Representa reconhecimento do trabalho desenvolvido pelos professores e alunos desta área específica. Ter este projeto como um dos cinco finalistas num leque de 100 candidaturas é um sinal de estímulo, de motivação e responsabilidade acrescida, que também traz valorização e visibilidade à escola. Aguardamos com expectativa a notícia dos vencedores.
GC: A EHTO já venceu este prémio com o projeto Cozinha de Autor, é sinónimo da qualidade do projeto educativo que a escola oferece aos alunos?
DP: Penso que sim, porque a organização deste prémio é única em Portugal, de reconhecimento das atividades e iniciativas que as escolas e universidades desenvolvem na área do turismo. Candidatamo-nos em 2018 na primeira edição do concurso com a Cozinha de Autor e vencemos. É um selo de qualidade para a escola do Oeste, porque neste espaço de tempo foi a concurso com bons resultados mais do que uma vez.
“É sinal de estímulo, motivação e responsabilidade acrescida, que também traz valorização e visibilidade à escola”
Daniel Pinto
GC: O Chef Fernando Correia é também finalista na categoria de Melhor Carreira Docente no Ensino Profissional. Que mais-valia traz a presença dele na escola?
DP: É um formador nosso há muitos anos, traz uma enorme vantagem porque é um empresário com negócio a funcionar, no caso no âmbito da doçaria tradicional e conventual. Esse trabalho permite que traga uma enorme partilha e aprofundamento da visão do mercado de trabalho e da educação, fatores que têm que estar cada vez mais próximos. Para a escola, é importante ter os melhores profissionais nas diversas áreas técnicas, de preferência formadores que sejam empresários e técnicos das suas áreas. O Chef Fernando Correia tem uma carreira de muitos anos nas duas vertentes, a seleção da candidatura é o reconhecimento de todo esse percurso, inclusivamente o profissional.
GC: Estes e outros prémios são importantes para fortalecer o caminho que a escola tem vindo a trilhar para se afirmar na rede de escolas do Turismo de Portugal?
DP: Sim. Somos uma rede de 12 escolas que coopera entre si, mas que também competem umas com as outras de forma saudável e cada escola quer afirmar-se per si. Tenho vindo a estimular e a convidar formadores a apresentar os seus projetos para valorizar a escola e temos outros docentes com capacidade para se candidatarem a estes prémios de carreira. Estes são momentos de balanço, em que podemos estabilizar todo percurso com os olhos postos no futuro e no que falta fazer.
GC: E pegando na sua última frase, que projetos estão em carteira?
DP: Temos um projeto para este ano letivo que assenta na área da sustentabilidade, tema em cima da mesa e que é transversal a todas as áreas económicas, mas sobretudo no setor no turismo onde é também uma necessidade. Por isso fizemos uma parceria com o Sporting Clube das Caldas no Green Food Festival. Vamos também desenvolver no nosso restaurante pedagógico um novo projeto que assenta na sustentabilidade. Ainda estamos a prepará-lo, para lançar à comunidade no mês de outubro. Estamos também a procurar desenvolver o eixo da inovação social. A escola deve ser um polo importante área da inovação e do empreendedorismo, no desenvolvimento novos produtos e serviços que acrescentem valor ao setor. Vamos começar o programa Tourism Explorer, no qual somos a terceira cidade com melhor adesão, logo a seguir a Lisboa e Porto. Queremos ter conteúdos de formação profissional para população em risco de exclusão social, população migratória e refugiados.