Festival volta para o ano mais ecológico e mais internacional

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O público do festival é maioritariamente jovem se bem que o Impulso chega a gente de várias faixas etárias
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Quem bebia cerveja ou refrigerante tinha que comprar o copo. Depois guardava-o e pedia para encher o mesmo, pagando apenas a bebida que pretendia consumir. Para os fumadores presentes no Impulso havia um porta-beatas (feito em cana e com uma rolha de cortiça), para que estas não ficassem espalhadas pelo Parque. Pequenos detalhes que fazem a diferença e que tornam o Impulso num festival com preocupações ecológicas e que “vão continuar no próximo ano”, garantiu o diretor, Nuno Monteiro.
“Estamos muito satisfeitos com esta edição pois o feedback de público e dos artistas foi muito bom”, acrescentou, salientando por exemplo o Palco Grémio teve uma programação “diferente e bem diversificada”.
Ainda assim, à conta do Covid-19, houve necessidade de substituir quatro grupos inicialmente previstos.
“Veio público de vários regiões do país, alguns espanhóis que vieram ouvir os grupos do país vizinho e ainda alguns turistas que quiseram viver a experiência”, garantiu o diretor. Alguns artistas como os elementos do Bataclan 1950, que atuaram no primeiro dia, e que acabaram por ficar e assistir às propostas dos restantes dias do festival.
“Temos na cidade meios técnicos e artísticos que nos dão condições para realizar eventos de nível internacional”, referiu Nuno Monteiro, também docente da ESAD, referindo-se também às boas condições de atuação dadas aos artistas quer em termos de – som e de iluminação. Para o ano, o festival quer trazer mais artistas internacionais.
Na Casa dos Barcos, onde funcionou a bilheteira, esteve ainda a exposição de Design Gráfico com trabalhos dos alunos sobre o próprio festival.
“Para o ano queremos ter mais parceiros”, disse Nuno Monteiro sublinhando que tentaram cumprir os horários, terminando as atuações às duas da manhã. Apenas num dos dias passou mais meia hora do horário previsto.
Além da aposta na diversidade nos géneros musicais houve este ano uma aposta na inclusão. “Temos uma posição política não somos apenas mais um festival”, afirmou acrescentando que o Impulso recebe artistas de várias géneros e orientações sexuais e é assim que pretende continuar.
Segundo Nuno Monteiro não é o lucro que move o Impulso mas sim “empregar antigos e atuais alunos e ajudá-los a estabelecer redes de contatos com outros profissionais”.
No total, trabalharam durante os três dias cerca de 150 pessoas, numa edição que teve cinco mil pessoas durante os três dias e um custo de 150 mil euros.
O festival Impulso está interessado em crescer e em aumentar as parcerias e poder fazer realizações no Centro de Artes e poder voltar à ESAD.CR.
O Impulso quer continuar a dar-se a conhecer e como tal quer realizar mais eventos pré- festival chegando sobretudo aos grandes centros urbanos de Lisboa, Porto e Coimbra. ■

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