A Semana do Zé Povinho – 24/03/2016

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Bruno RebeloZé Povinho é admirador do desporto como um todo e não se ilude com o desporto rei. No passado fim de semana o Campeonato do Mundo de Artes Marciais trouxe às Caldas mais de 5000 atletas de 56 países e foi a razão para que os caldenses fossem surpreendidos por grupos de estrangeiros com fatos de treino ou fatos de combate a passear pela cidade, a sair dos hotéis, a comer em restaurantes, ou a passar com sacos de compras.
Para além dos atletas, a prova terá recebido cerca de 20 mil visitantes durante os três dias, estimando-se que tenha um impacto económico a rondar o milhão de euros. Só isso seria já motivo de destaque, mas sabendo que esta prova é organizada pelo caldense Bruno Rebelo – que em 2010 criou o circuito WAC, considerado uma das 30 maiores organizações desportivas do mundo – torna esta distinção mais óbvia.
Zé Povinho felicita a organização, que soube gerir as incidências. Por outro lado, não podia deixar de congratular os próprios caldenses que, como já é tradição, souberam receber exemplarmente os turistas que elogiaram a simpatia desta gente. Mas, é claro, na origem disto tudo está o trabalho empenhado do caldense Bruno Rebelo que merece aqui o devido elogio.

NunolacastaQuando, em Dezembro passado, o presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), Dr. Nuno Lacasta, participou na primeira reunião da Comissão de Acompanhamento da Lagoa, eram só facilidades e promessas no que diz respeito à (boa) comunicação com a comunidade sobre um assunto que lhe interessa sobremaneira. A abertura para continuar a fazer o acompanhamento da obra em conjunto com autarcas e população era total. Ficou prometida a realização de mais reuniões esclarecedoras e até foi apresentado um endereço electrónico (dragobidos@apambiente.pt) para o qual as pessoas poderiam enviar perguntas e sugestões relativamente às dragagens.
Acontece que estas terminaram (já com dois meses de atraso) e desde então a APA parece ter entrado em hibernação no que diz respeito a este assunto. Há dúvidas sobre a eficácia do trabalho executado, há dúvidas sobre a toxicidade dos dragados depositados e há dúvidas sobre quando e como decorrerá a segunda fase das dragagens, as quais são imprescindíveis para dar sequência às que agora terminaram.
Mas a APA, no alto da sua arrogância, nada diz. Contactada várias vezes, ignora as perguntas, chuta para canto, esquece os deveres de transparência a que, enquanto organismo público, financiado pelos impostos dos portugueses, está obrigada.
Zé Povinho recorda ao Dr. Nuno Lacasta este excerto da missão da APA: “propor, desenvolver e acompanhar a gestão integrada e participada das políticas de ambiente e de desenvolvimento sustentável (…) em  colaboração com entidades públicas e privadas que concorram para o mesmo fim, tendo em vista um elevado nível de proteção e de valorização do ambiente e a prestação de serviços de elevada qualidade aos cidadãos”.
Está claro que, neste domínio, o Dr. Nuno Lacasta está claramente a falhar a sua missão.