Ética e política estão (deviam estar) inexoravelmente interligadas. Aristóteles sublinhava que o bom governante deve ser antes de tudo um Homem bom. Os romanos elencaram posteriormente as 3 virtudes indispensáveis para a vida pública: Gravitas, Dignitas e Pietas. Qualidades intangíveis, mas, em simultâneo, traços de caráter indispensáveis para quem exerce ou pretende exercer cargos públicos. A Gravitas refere-se ao peso de alguém, não relativo a importância, enquanto espécie de presença mediática em cocktails da “boa sociedade” ou em fotos glamorosas no Instagram e restantes filiais do afago egotista, mas peso ético: seriedade, honra e dever. Do sujeito com Dignitas diz-se merecedor. A Pietas, para além do seu sentido cristão, é igualmente reificação de patriotismo e da afeição familiar. As virtudes, éticas e políticas, para Aristóteles, cultivam-se pelo hábito e pela educação. Serve esta introdução para falar das presidenciais. O presidente não tem poderes executivos, é, nos termos da nossa Constituição, o representante da República Portuguesa e o garante da independência, da unidade do Estado e do regular funcionamento das instituições. Sendo eleito por sufrágio universal e direto, o que lhe confere grande legitimidade democrática. O PR pode ser muito, ou quase nada, conforme lhe aprouver. Que PR queremos, que PR precisamos? Vivemos tempos ímpios que incentivam ao ódio, ao imediatismo e ao simplismo pueril, tempos perdidos em écrans avulsos que estrangulam o pensamento em ideias feitas e em conspirações fátuas. A política atual clama por Gravitas, Dignitas e Pietas. Por isto e pela mudança de ciclo, andamos a discutir eleições que distam meses. Acreditamos que António José Seguro (AJS) é a pessoa certa para o momento atual, a aversão que tem espoletado numa boa parte dos seus camaradas de partido só nos pode deixar satisfeitos, pois esses representam o pior que o sistema partidário pode urdir: o seguidismo; o imobilismo, o fixismo e a astúcia primorosa na gestão do poder em detrimento de tudo o resto. Não precisamos de um colo paternalista que nos aconchegue e que, repleto de seriedade esfíngica, nos conforta a angústia de ser, não precisamos (novamente) de um militar. Não precisamos de apaniguados do “sistema” que pouco representam para além de interesses de classe. Precisamos de um ideal aristotélico, que contrabalance as vociferações e paragonas, que sirva de exemplo de moderação em tempos extremados e que represente, pelo hábito e educação, aquilo que de melhor podemos encontrar na política. AJS tem falado pelo exemplo.
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