A nova conflitualidade e o Núcleo da Liga dos Combatentes

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Desde que o mundo é mundo que existem conflitos. A Humanidade evoluiu de forma extraordinária no aspeto tecnológico, mas, lamentavelmente, continua atrasada no que diz respeito à moralidade. Por isso, apesar dos milénios decorridos, continuam a haver conflitos, como consequência da predominância do orgulho e do egoísmo entre os homens. E hoje, a par do progresso em todos os campos de atividades, são tantos que se pode falar de uma nova conflitualidade.
Como os atores destes conflitos são outros, o seu caráter também teve que evoluir: São guerras irregulares, estrutural ou temporariamente assimétricas, sem frentes, sem campanhas, sem bases, sem uniformes, sem respeito pelos limites territoriais, de objetivos fluidos, de combate próximo, estando os combatentes misturados com a população que utilizam como escudo e, se necessário, como moeda de troca. Têm na inovação, na surpresa e na imprevisibilidade, os seus “pontos fortes” onde os fins justificam os meios, empregando por vezes o terror, onde o estatuto de neutralidade e a distinção civil/militar desaparecem.
Esta nova conflitualidade projeta uma dimensão de emprego do vetor militar, que embora nem sempre clara em termos da sua latitude e importância estratégia, determinará, para além da guerra em si mesmo, a necessidade de estruturas capazes de facultarem o apoio a todos os que lhe dão corpo, que a terão que sustentar, e que em certa medida, terão que personificar os valores essenciais à nossa independência, coesão e identidade.
Nesse sentido, a Liga do Combatentes criada com o duplo objectivo de realizar a união dos combatentes, mantendo sem­pre vivos e despertos, os mesmos sentimen­tos que na guerra os animaram, e de dispensar aos que em campanha se inutilizaram e às viúvas e aos órfãos dos que lá morreram, o amparo moral e material a que têm direito; mantém e vê alargar a sua importância social e de preservação da nossa história.
Nesse contexto, o Núcleo das Caldas da Rainha da Liga dos Combatentes, vem assim procurando consolidar essa importância e estar cada vez mais próximo dos seus sócios. ■

O Presidente da Mesa da Assembleia Geral do Núcleo,
Afonso Maia Alves, Maj Inf Res