Zé Povinho é um humanista e não deixa de se comover quando vê bons exemplos de solidariedade e ajuda ao próximo, sobretudo na sua terra. Vem isto a propósito do apoio que a comunidade ucraniana residente nas Caldas está a dar no acolhimento e integração dos cidadãos ucranianos que chegam refugiados da guerra. Para além de terem conseguido um espaço para partilharem experiências ou apenas receberem um abraço, dinamizaram, com o apoio da sociedade civil caldense, uma festa de Páscoa para as crianças, também elas vítimas deste conflito bárbaro. A ucraniana Yara Perney, a residir há vários anos nas Caldas, é um dos rostos deste trabalho incansável e nela Zé Povinho deixa um agradecimento sentido a todos os voluntários pelo apoio e exemplo de humanidade. ■
Zé Povinho ainda não precisou de ir às Urgências do Hospital das Caldas, porque felizmente não tem tido problemas de saúde, mas tem bem noção dos constrangimentos que ali acontecem todos os dias. A falta de recursos humanos e meios físicos é uma constante, bem como a acumulação de doentes e a falta de capacidade de resposta. Nestas coisas, a pergunta impõe-se sempre: de quem é a culpa do estado a que isto chegou? Não haverá respostas concretas, mas há uma inevitável conclusão: a administração do Centro Hospitalar do Oeste está “amarrada” às regras de contratação pública e aos complexos procedimentos que o Estado impõe. Sendo assim, caberá ao Ministério da Saúde encontrar soluções para os problemas, porque o Hospital das Caldas não pode continuar assim. E aqueles profissionais que, todos os dias, dão muito de si, merecem melhores condições de trabalho, para que possam prestar um melhor serviço. ■