O Sr. ministro das Infraestruturas, Miguel Pinto Luz, esteve nas Caldas da Rainha numa iniciativa partidária, para abordar a Mobilidade e Habitação no Oeste, temas bastante oportunos para a região, a que se juntará o do Hospital Regional de outro pelouro ministerial.
Foi uma iniciativa interessante, se os resultados a prazo forem sensíveis, uma vez que permitiu que, no meio dos imensos afazeres do seu gabinete, onde pontuam questões hercúleas para Portugal como do novo aeroporto de Lisboa e do TGV, para não falar no programa nacional da habitação, pudesse ouvir algo sobre a mais que centenária Linha do Oeste.
Como Pinto Luz disse, para ele, como naturalmente para os seus antecessores, acompanha a Linha do Oeste de forma transversal, como as próprias Infraestruturas de Portugal o fazem, porque é para o lado que dormem melhor, sobre esta acessibilidade ferroviária.
Como se poderá entender – sem qualquer sobressalto de escândalo – que se estejam a investir dezenas de milhões de euros numa via ferroviária eletrificada e se tenha acautelado devidamente a construção daquilo que lhe dá suporte: a subestação de Tração Elétrica a meio do percurso?
Por fim, é pena que tão tarde tenha sido redescoberta uma proposta, do início do século passado, da ligação direta da Linha do Oeste a Lisboa, provavelmente encaminhada pela linha do norte à chegada à capital, pois o Metro ligeiro de Loures não dá qualquer hipótese.
Os grandes problemas do país, como das acessibilidades, podem ser resolvidos, por vezes, com pequenas soluções evidentes, mas por serem tão evidentes, que não se dá por elas ou não dão lugar a primeiras páginas dos jornais. Esta pequena solução, da Linha do Oeste, é um dos casos que tem cerca de um século e que faria dar um salto de gigante a essa ligação! ■