Quem percorre as nossas páginas ao longo dos quase 100 anos de vida, encontra repetidas vezes a queixa com a desvalorização que se faz das Caldas da Rainha, mas que durante muitos anos foi contrariado.
Desde a extinção da RTO este esbatimento tem-se agravado. Agora verificámos que uma nova divulgação da Região Oeste lançada na Bolsa de Turismo do Oeste, que se realizou em Lisboa, uma publicação do Turismo do Centro (TRC), em 52 página sobre percursos no Oeste propostos para 3 dias, dedica a Caldas da Rainha pouco mais de 20 linhas e à Lagoa de Óbidos 14 linhas, numa proposta opcional em que Caldas da Rainha não passa de um ponto de paragem.
A atração da cidade é exclusivamente a Rota Bordaliana, iniciativa levada a cabo há meia dúzia de anos financiada pelos fundos europeus através da mesma RTC. Ainda por cima com uma fotografia que não tem nada a ver com aquela rota, o que demonstra que o assunto foi feito por curiosos e não foi verificado uma vez mais pelo município caldense.
Ignorados ficaram as razões pelas quais Caldas da Rainha foi ao longo de muitas décadas uma das principais atrações do Oeste, apesar de ter ido morrendo por incapacidade, incompetência e passividade das autoridades locais. O Hospital Termal, o parque e mata, a praça da fruta, a Cidade Criativa da UNESCO, as fachadas azulejares, os ateliers e oficinas de cerâmica, as fábricas tradicionais de cerâmica, o comércio local, os arredores rurais, etc., nem uma palavra. O que dirão os leitores destes responsáveis? ■