Centenário de Mário Soares

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José Luiz de Almeida Silva

Comemorou-se no final da passada semana o centenário do nascimento de Mário Soares, com uma sessão solene na Assembleia da República e uma sessão pública de homenagem cidadã na Fundação Gulbenkian, que mobilizaram as principais figuras políticas, sociais e culturais do país.
Em todas, mesmo com algumas alfinetadas de forças mais extremistas, foi valorizado e elogiado o papel que o Presidente Soares teve, tanto na oposição até ao 25 de Abril, como depois na defesa dos valores democráticos, e no seu desejo inabalável de trazer Portugal à CEE, hoje União Europeia, o que foi concretizado em 1986.
A relação de Mário Soares com as Caldas da Rainha inicia-se em idade infantil, quando foi deslocado para as Caldas da Rainha, onde viveu no seio da família caldense Maldonado Freitas e fez o exame da 4ª classe, como bem recordava, aquando da prisão do pai João Soares pelo poder Salazarista, de que eram todos opositores.
A relação de Soares com as Caldas da Rainha não se limitou a esse momento, uma vez que o Colégio Moderno propriedade da família, deteve vários anos uma colónia de férias na Foz do Arelho, onde faziam férias e por onde passaram no Verão inúmeros alunos do Colégio.
A toponímia caldense, não tem sido nos últimos anos muito criativa, limitando-se a homenagear algumas figuras locais e nacionais, obedecendo a critérios difíceis de entender, não se percebendo bem a escolha de alguns nomes, cuja ligação direta é mínima à cidade e região como, por exemplo, os casos de Paulo Renato, Vítor Mendes, Nicolau Breyner, Maria Matos, esquecendo outros com ligação real à cidade como é o caso de José Afonso, Mário Soares, Jorge Sampaio, para não recordar algumas figuras caldenses desaparecidas nos últimos anos e que continuam esquecidas. Será que isto vai ser corrigido nos próximos tempos? ■

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