José Luiz de Almeida Silva
Em fim de mandato o município apresentou alguns documentos estratégicos, desde o Master Plan Termalismo ao Plano Económico de Desenvolvimento Estratégico das Caldas da Rainha 2025 e, ainda um último estudo, sobre a Estratégia para a Marca Caldas da Rainha.
Documentos vastos e complexos que impõe uma reflexão aturada, uma vez que vão definir o futuro do concelho das Caldas da Rainha a médio prazo.
Pena que não se tenha aproveitado também para fazer uma leitura crítica dos documentos, no mesmo sentido, produzidos anteriormente, para verificar porque não deram os resultados pretendidos, ou se deram, qual o valor que esse trabalho teve.
Outra coisa que falta, pois na leitura apressada que fizemos não observámos referência a tal, poderá ser analisar as situações adversas que poderão ocorrer e que haverá que antecipar, nomeadamente resultantes de decisões governamentais que colidam com os interesses locais, como muitas que já existiram em anos passados ou acontecimentos internacionais adversos.
Por último, não encontramos ênfase a condições específicas regionais em termos ambientais e ecológicas que beneficiamos, e que são importantes em tempos de alterações climáticas a nível global, com incidência futuramente no mundo e no nosso país.
Um facto que sempre nos ocorre é ausência de reflexão sobre um importante estudo federador feito no Centro de Estudos de Economia Agrária da Fundação Gulbenkian nos anos 60 sobre “A Região a Oeste da Serra dos Candeeiros”, liderado pelo Eng. Carlos da Silva em co-autoria com os Eng. Alarcão e Silva e Lopes Cardoso.
Fazemos votos que os documentos apresentados tenham a discussão que eles próprios enunciam, para assegurar uma verdadeira implementação criativa e construtiva. ■