Homenagem

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Joaquim Urbano | DR
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Encontramo-nos em plena época de incêndios. Num período ainda crítico. Um flagelo que nos atinge ciclicamente resultando de condições climatéricas (calor a mais, humidade a menos, muito vento e trovoadas) que favorecem as ignições e, sobretudo, pela maldade de alguns e negligência de muitos. Todos os anos as notícias nos dão conta de imagens fantasmagóricas em cenários de destruição de florestas e edificado. Os custos para a nossa economia são imensos e a sustentabilidade do nosso país e do nosso planeta é posta em causa. E perdas de vidas humanas? Este ano, até agora, já lamentamos seis vítimas mortais no combate a incêndios. E feridos, muitos em estado grave, alguns com sequelas para o resto das suas vidas.
A prevenção, que se vai fazendo, é sempre pouca para o necessário. Muito esquecida na época em que deveria ser efetuada nunca chega a tempo.
E o que dizer da educação e da responsabilidade ambiental?
O combate às chamas compete a milhares de homens e mulheres que integram centenas de Associações Humanitárias. Vida por Vida é o seu lema. Com abnegação, determinação e coragem enfrentam todos os perigos, por vezes longe das suas origens, em defesa de pessoas e bens. São os nossos bombeiros! Sempre disponíveis.
Se esta é a época em que são mais lembrados, não é menos verdade que os bombeiros estão presentes nas nossas vidas 24 horas por dia nos 365 dias do ano. Sempre prontos para ajudar.
Não falham nas horas difíceis.
Num acidente rodoviário, de trabalho ou de qualquer tipo eles lá estão, o mesmo acontecendo numa doença súbita. A um incêndio urbano não faltam. Às inundações dizem presente. Um afogamento ou uma queda de uma falésia é ver os bombeiros utilizando com destreza os meios especiais de que dispõem. Um animal no alto de uma árvore ou no fundo de um poço ou qualquer outro precipício eles lá vão fazer o seu resgate.
Uma porta fechada? E… bombeiros prontos para ajudar.
Ao longo dos anos em que exerci atividade na emergência pré-hospitalar tive o privilégio de contar com a colaboração de muitos elementos de corpos de bombeiros da nossa região (Óbidos, Bombarral, Benedita, Peniche, S. Martinho do Porto, Nazaré, …) mas, sobretudo, com os que integram a Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários das Caldas da Rainha. Vivemos situações complexas e muito exigentes. E relembro na sua ação o empenho, a disciplina e o profissionalismo. Partilhámos alegrias e tristezas e também algumas histórias insólitas e recordo a solidariedade e o humanismo de que sempre deram mostra. Aprendi a admirar e a respeitar o seu trabalho, a sua missão.
É, pois, por imperativo de consciência que esta crónica é uma pequena, mas sentida homenagem a todos os bombeiros das Caldas da Rainha e do Oeste.
Bem hajam bombeiros de Portugal!!

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