Mergulhão-pequeno (Tachybaptus ruficollis)

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Este Mergulhão é o mais pequeno dos nossos Mergulhões, sendo uma das aves aquáticas nidificantes, mais comuns em Portugal.
Reproduz-se em todas as regiões do território continental, em zonas húmidas como pauis, lagos e lagoas, barragens, etar’s e obviamente na nossa lagoa de Óbidos e no Paúl de Tornada.
Na sua busca frenética por comida, mergulha por longos períodos de tempo, nadando submerso, aparecendo à superfície num sítio distante onde mergulharam.
A sua dieta alimentar é essencialmente composta por invertebrados aquáticos, pequenos peixes e lagostins de água doce, e alguma vegetação marinha.
A plumagem nupcial, à distância, pode parecer por vezes completamente escura, mas com boa luz é visível a cabeça e o pescoço cor-de-ferrugem e uma mancha amarela na base do bico, contrasta radicalmente com plumagem de inverno que é de tonalidade castanho-clara algo sombria, com um barrete escuro. Também é conhecido pelos nomes de, Alçacu, Funjudo ou Pato-mergulhador.
Esta fotografia de um macho em plumagem nupcial, ou fardado com a farda nº 1, como eu gosto de dizer, foi tirada na lagoa de Óbidos, na enseada em frente ao antigo Phoz Palace, com recurso a um “hidrohide”, aparelho flutante semelhante a uma pequena boia, onde é montado o equipamento fotográfico e, com uma cobertura que serve de esconderijo ao fotógrafo, permitindo uma maior aproximação às aves, a um plano focal ao nível da água, ainda com a vantagem das aves serem mais permissivas e tolerantes de abordar dentro de água. É uma técnica que deve ser utilizada com muito cuidado, por razões de segurança, quer do fotógrafo, quer do material fotográfico, já que o risco em andar em lagoas ou barragens pode por em causa a integridade fisica de ambos. Esta prática requer um bom conhecimento do local e deverá ser sempre feito com acompanhamento de outra pessoa.
Mergulhão é também o apelido de várias familias portuguesas, que já existia no século XVI e da qual se desconhece a origem, sendo mais provávelmente um dos apelidos adoptados pelos judeus na conversão forçada à religião católica, quando se tornavam “cristãos-novos”. Primeiramente viveram nas regiões do Alentejo, Santarém e Figueró dos Vinhos.

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