Existem condomínios e condomínios. Os nossos habituais condomínios, os das nossas casas, são o garante de uma vida comum com os nossos vizinhos, em que a sua gestão possibilita a coabitação num mesmo edifico de uma forma regrada, prazerosa e facilitada. Todos nós temos uma certa resistência a uma reunião de condomínio, entendendo que por vezes temos de resolver problemas que nem sempre são fáceis para a maioria dos residentes, mas que no final resultam numa melhoria da nossa qualidade de vida.
Miguel Silvestre foi entrevistado no Caixa Negra em 2016, por o Caixa Negra, entender que a sua função de gestor do Parque Tecnológico de Óbidos (PTO) é demais importante e que o seu contributo poderia marcar a diferença nas questões que lhe foram colocadas, nomeadamente como podemos cooperar para uma região mais rica, mais proactiva e que resulte numa maior qualidade das suas iniciativas. Da sua formação de história, o salto para a criação de estratégias criativas e projetos de valorização e identidade urbanas, Miguel Silvestre assume-se como um conciliador na região Oeste e entende que o papel das instituições da Região, é a cooperação para um projeto macro que possa resultar num projeto de afirmação territorial que diferencie a região onde vivemos. O seu papel no Parque Tecnológico de Óbidos tem sido o de um gestor, impulsionador e agitador que alavanque projetos que sejam de matriz tecnológica e que permitam a Óbidos e à sua região envolvente, que num espaço único possam agregar a força de um território que se quer afirmar nas áreas do turismo, da agricultura, do digital, da educação e da cultura.
Se entendermos a localização estratégica do PTO entre Óbidos e o acesso da A8, às portas do Município de Caldas da Rainha, entendemos que esta força centrífuga e agregadora da Região, é fruto da convivência saudável e proactiva de empreendedores que vivendo por cá, se deslocam ao seu epicentro para aqui trabalhar. Dizia Miguel Silvestre recentemente e em jeito leve que é o gestor do condomínio, um condomínio com 200 empreendedores, criativos, especialistas do business e do digital e certamente que agregar esta massa humana não é tarefa fácil, e certamente que encontrar estímulo intelectual para estes “residentes” não é tarefa fácil, e certamente que não é também tarefa fácil, reunir consensos entre tantos indivíduos habituados a um sentido critico tão apurado. Referiu então ao Caixa Negra, que não faz sentido repetir tipologias de projetos que outros municípios vizinhos tenham, e que no PTO apenas existe, para que a Região possa ter aqui uma oferta complementar e diferenciadora. O que é certamente fácil para este gestor que navega este barco desde a sua edificação, é que, com o seu posicionamento agregador e conciliador, que é seu por natureza, vindo de um homem do diálogo e da cultura, despertar e proporcionar condições aos projetos que aqui procuram uma alavanca para o seu crescimento. Miguel Silvestre pode-se dizer, tem uma posição de sonho na Região, certamente que não haverá muitas pessoas que se possam definir pelo seu percurso profissional, mas neste caso, quando o projeto se confunde com a pessoa, sabemos que estamos perante alguém cuja mente inquieta faz do sonho a sua obra e nela se mistura o homem com o projeto, deixando-nos a nós os próximos, com a solidez da certeza, de que o barco está no rumo certo. Para projetos de empreendedorismo, ideias inovadoras, agitadores de águas, ativistas do progresso e positivamente pessoas que queiram fazer, recomendo uma visita ao Parque Tecnológico de Óbidos e que possam dialogar com este homem, cuja visão é o futuro de um País melhor.