A Escola Superior das Artes e Design das Caldas da Rainha, no contexto das escolas do ensino politécnico português, é uma escola privilegiada, que tem uma procura própria de alunos que fazem primeira escolha. Depois de a frequentarem, sentem-se agradados pelo ensino ali ministrado e por viverem numa pequena cidade bem localizada no país, sendo os alunos os primeiros promotores e captadores de novos alunos.
Não é assim por acaso que a ESAD é a escola com melhores resultados do politécnico de Leiria (que já é dos melhores politécnicos fora de Lisboa e Porto) e uma das cinco melhores a nível nacional, tendo preenchido na primeira fase de colocações cerca de 98,5% das vagas de que dispunha.
Tal percentagem só se verificou com as melhores faculdades das principais universidades de Lisboa, Porto, Aveiro e Braga, bem como com algumas escolas dos principais politécnicos.
Mas o prestígio da ESAD a nível nacional e internacional é mesmo real, como se comprova pela sua posição no ranking europeu das melhores escolas de design e por certas iniciativas, como o Caldas Late Night, que mereceu uma distinção rara na revista da TAP do mês de Agosto.
Zé Povinho felicita o actual director, o Prof. Rodrigo Silva, o primeiro caldense eleito para aquele lugar desde a criação da escola há 25 anos (que se comemoram este ano), pelo êxito obtido. Ainda para mais, depois de uma contestação minoritária e sem sentido, que sofreu depois da eleição (que foi julgada totalmente improcedente pelos tribunais no mês passado), mas que não teve qualquer repercussão no funcionamento da escola nem na sua credibilidade.
A Hungria é um simpático país da Europa Central, que mesmo nos tempos difíceis anteriores à queda do Muro de Berlim, era agradável de visitar e tinha gente acolhedora.
Em 2004, quando aderiu à União Europeia, integrou-se pacificamente na comunidade dos então 24 países, tendo aceite o chamado acquis comunitário, que envolve a exigência da manutenção das regras democráticas no funcionamento das instituições no país.
Na sequência de dificuldades financeiras relacionadas com intervenções do FMI, que se foram acumulando a partir da crise internacional de 2008, a Hungria elegeu uma liderança radical nacionalista, que não pára de surpreender os restantes países europeus.
O primeiro-ministro, Viktor Urbán, passou a ser a ovelha negra da União Europeia, apesar de governar com maioria absoluta, com práticas que envergonham os restantes europeus, desde a intenção declarada de reintroduzir a pena de morte no país, como agora pelo tratamento inacreditável que está a dar aos migrantes refugiados que são obrigados a atravessar a Hungria.
Inacreditavelmente, mesmo depois da divulgação da foto do menino morto na praia de Budrun, na Turquia, que comoveu todo o mundo, o primeiro ministro Orbán, publicou um artigo de opinião num jornal alemão onde defendia que a Europa não devia receber nenhum refugiado, pois eles ameaçavam as suas “raízes cristãs”. Isto apesar do Papa Francisco, chefe supremo da Igreja Católica, mobilizar a comunidade cristã de todo o mundo para receber estes refugiados fugidos das guerras e das misérias.
Este comportamento xenófobo de Orban, envergonha todos, especialmente os portugueses que durante a II Guerra Mundial, mesmo sob um regime autoritário, receberam milhares de refugiados judeus, que fugiam da Europa invadida por Hitler.
Zé Povinho condena liminarmente o primeiro ministro húngaro e acha que desta vez a primeira ministra alemã, Ângela Merkel, está a ter um comportamento digno que contrasta com muitas das dúvidas iniciais dos restantes líderes europeus.