A semana do Zé Povinho

0
1041
Zé Povinho
- publicidade -

Zé Povinho destaca hoje Jorge Pina, embaixador para a ética no desporto, cuja história de vida é um caso de superação e inspiração. É uma daquelas histórias que mostra como as preocupações quotidianas com que a maioria se desgasta, são na verdade… triviais.
Jorge Pina era um pugilista de sucesso quando perdeu a visão de um olho e 90% do outro. Tinha apenas 27 anos e a vida tinha acabado de lhe pregar uma grande rasteira. No entanto, não se deixou ficar “no tapete” e encontrou formas de ser feliz. Começou a praticar atletismo e conseguiu tempos para participar em campeonatos do mundo e nos Jogos Paralímpicos.
Os seus conhecimentos sociais e desportivos levaram-no a continuar ligado ao boxe, desporto que lhe tinha servido de tábua de salvação da delinquência quando era um jovem de um bairro problemático de Lisboa. Jorge Pina criou uma associação para proporcionar a prática dessa actividade a jovens de bairros sociais, ensinando-lhes, acima de tudo, os valores que considera fundamentais para a vida.
Mais tarde, o agora embaixador para a ética no desporto, fundou uma escola de atletismo adaptado, onde trabalha com crianças e adultos e não lhe faltam projectos.
Zé Povinho aplaude a coragem, a vontade e força deste eterno lutador, que ganhou a batalha da felicidade e que hoje diz que “antes é que era cego” e que é “mais feliz agora”.

Ética, ou pelo menos bom senso, parece ser palavra que não consta no dicionário do ex-mayor de Londres, Boris Johnson, e até há pouco o mais bem posicionado candidato a substituir Theresa May à frente dos Conservadores. É que este político não hesita em utilizar quaisquer meios para atingir os fins. Defensor da saída do Reino Unido da União Europeia, não teve quaisquer pruridos em argumentar que o país pagava 350 milhões de libras por semana a Bruxelas e que esse dinheiro devia ser aplicado no Serviço Nacional de Saúde. Veio a saber-se que o valor que o Reino Unido pagava não chegava nem a metade, mas o populismo valeu-lhe a vitória do Brexit.
Só que o seu populismo não ficou por aqui. O mesmo Boris Johnson disse que se não abandonassem a União Europeia milhões de turcos entrariam nas suas fronteiras e… mais uma vez o Sistema Nacional de Saúde iria colapsar.
Outro mimo do senhor conservador foi ter comparado mulheres que usam burqa com caixas de correio e ladrões de banco. Antes já se tinha referido à ascendência de Barack Obama como “metade-queniana”, numa vergonhosa alusão racista, e tinha afirmado que os planos dos líderes da UE para a Velho Continente eram semelhantes aos de Hitler.
Zé Povinho, que não perde a oportunidade para se reafirmar um europeísta convicto, não gosta destes extremismos e comentários despudorados de um político que, ainda por cima – ironia do destino – tem raízes turcas.

- publicidade -