A semana do Zé Povinho – 27-07-2018

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Zé Povinho é sensível às apostas empresariais no Oeste, especialmente aquelas que criam emprego, riqueza e que se baseiam na inovação, que lhes permitem ter maior sustentabilidade e enfrentarem os mercados globais cada vez mais competitivos.
Nas Relvas há uma empresa com raízes locais – a Nicul – que aproveitando os financiamentos comunitários, está a fazer um investimento considerável na ordem de 1,3 milhões de euros para potenciar a empresa nesse mercado e dotá-la dos meios produtivos e tecnológicos para responder aos novos desígnios do sector das cutelarias, cada vez mais diferenciado e especializado.
Os dois irmãos, João e Maria José Ramalho, dão sequência à iniciativa do pai e homenageiam desta forma o avô, que juntamente com outros relvenses, criaram naquela pequena localidade um embrião de uma indústria em que hoje o país e especialmente a região de Santa Catarina/Benedita dão cartas no mundo deste sector.
Mas se esta região é tão forte nas cutelarias, merecia que houvesse uma visibilidade maior para o público, que certamente apoiaria as empresas no seu esforço de marketing e de promoção internacional. Mas mesmo assim, contra o peso da burocracia e as dificuldades colocadas pela concorrência internacional, a Nicul consegue afirmar-se e crescer em mais de 40 países de todos os continentes, o que dá uma grande alegria a Zé Povinho, que se associa a estes resultados e êxitos, esperando que a cutelaria passe a figurar também como imagem de marca desta região e de Portugal.

 

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Óbidos é um pequeno concelho, com cerca de 12 mil habitantes, cheio de dinamismo e de actividade cultural, recreativa e associativa. Por isso, Zé Povinho espanta-se como os conflitos entre responsáveis se extremam e o conjunto perde. Certamente é a sua pequenez que gera egos grandes que radicalizam posições com situações que se tornam irreversíveis.
O que se assiste nesta Feira Medieval, com o conflito gerado entre a organização da Feira Medieval e a Associação Espeleológica de Óbidos (AEO), demonstra um pouco a falta de senso e de equilíbrio entre as partes, que não conseguem chegar a um acordo sobre uma questão maior: permitir que os jovens da associação participem no maior acontecimento local de Verão e que o público possa fruir dos espectáculos que AEO tão bem realiza.
É estranho que não haja localmente nenhuma figura, com bom senso suficiente, para mediar o conflito e resolver com magnanimidade e equidade os interesses em causa, que, por um lado, são os pergaminhos dos responsáveis pelas partes em litígio (que não esquecem as lutas eleitorais recentes em que estiverem em blocos contrários) e, por outro, são os cifrões neste caso transformados em euros.
Qualquer observador atento perceberá que o problema é de somenos importância, devendo tanto o responsável operacional pela Óbidos Criativa e ex-vereador do PSD, Ricardo Ribeiro, como do outro lado, o actual vereador da oposição e ex-candidato à Câmara pelo PS e igualmente responsável associativo, Vítor Rodrigues, perceberem que devem ser os primeiros a retirarem o seu desamor mútuo e a permitirem que os jovens daquela associação participem, como sempre o fizeram, na festa.
Zé Povinho apela para que o senhor presidente da Câmara, Humberto Marques, não lave salomonicamente as mãos, e que, no futuro, ponha as partes acima de querelas insignificantes, ou se forem importantes, que as resolva definitivamente.
Os políticos locais Ricardo Ribeiro e Vítor Rodrigues, finalmente, estão a dar um mau exemplo aos seus concidadãos, que dificilmente compreendem as razões profundas de conflito tornado artificialmente insanável.

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