Concluo a minha colaboração na Gazeta das Caldas da mesma forma como a iniciei, mantendo a minha vontade em contribuir para o debate de ideias sobre alguns elementos urbanos, agradecendo o honroso convite e em homenagem ao meu progenitor, JAO (anos 50).
As minhas crónicas foram interrompidas, na sua periodicidade, pela inopinada intervenção na área política local, com o meu envolvimento no grupo independente que veio a conquistar a Câmara Municipal. Orgulho-me pela epopeia, fundamentalmente pela alternância, valor que muito prezo na administração de qualquer território.
No decurso do ano e das minhas preocupações, transmitidas nas crónicas, assinalei diversas questões, irrelevantes para alguns, mas que me foram caras e com sentido.
Na primeira crónica referi o “Chafariz das 5 Bicas” e a sua relação com os “Jardins de Água” do Mestre Ferreira da Silva.
Deambulei na segunda sobre a Foz do Arelho pela praia e seus “passadiços”.
As entradas da cidade foram versadas na crónica de junho.
Regressei ao tema da Foz do Arelho em julho, pela transformação prevista para a Avenida do Mar, denotando o meu desacordo total quanto à alteração, sendo que me parece não haver espaço urbano, relaxante para passeio pedonal, mais frequentado do que aquele, em todo o concelho. O que é apreciado e usado intensivamente não deve ser alterado.
Agosto e setembro foram dedicados ao que já referi, à alternância democrática!
As obras de regeneração urbana, com reorganização e requalificação, apostando com novo projeto para a antiga “Praça do Peixe”, com alteração relativamente recente que afinal teremos de admitir foi inadequada, cumpriu a crónica de outubro.
O corredor arbóreo e ecológico entre a cidade e o “Braço da Barrosa”, com ciclovia incluída, bem como alguma incapacidade estética, fizeram a base da crónica de Novembro.
Em dezembro, referi a necessidade de implementação de instrumento adequado de planeamento urbanístico com base no monumento à Rainha Dona Leonor. Nessa tomada de posição, vertida na mesma crónica, referia, também, a necessidade de olhar crítico sobre a Avenida General Pedro Cardoso. Parece que o atual desenvolvimento vem no sentido de alguma razão me assistir!
Já neste ano de 2022 com a “Praça da Fruta”, seu enquadramento, estudo de cérceas, Plano de Pormenor do Centro Histórico, quiosque (janeiro) e finalmente apontando para uma gestão urbana transparente e organizada, com a promoção para a elaboração de um “Plano de Urbanização” para a cidade das Caldas da Rainha, que analise o passado, aceite o presente e projete o futuro.
Com esta minha independência total julgo permitir-me a estes desígnios, nunca pondo em causa a solidariedade, lealdade e aspiração a uma cidade moderna.
A bem das Caldas da Rainha e a todos os que nela vivem!