Uns iluminados lançaram a ideia de dar à A8 o nome da auto-estrada do Surf, desporto que tem tido um crescimento exponencial na região Oeste e também em todo o país.
Este desporto criou uma oportunidade ganhadora em toda a região desde Ericeira à Nazaré, com realce especial para Peniche, mas incluindo também as praias dos concelhos de Óbidos, Lourinhã, Torres Vedras e Caldas.
Por isso, o surf merece um largo destaque em toda a região, dado o retorno que tem em termos de investimento turístico e na atracção que produz de novos públicos, com realce nas épocas baixas, onde o turismo de sol e mar decai totalmente.
Zé Povinho quer destacar todos aqueles, nacionais e estrangeiros, que têm desempenhado um papel insubstituível na promoção das ondas oestinas, desde as mais mansas dos tubos de Peniche, às gigantes do canhão da Nazaré, não esquecendo todas as outras, que respondem a públicos diversificados como o wind surf, a vela, o paddle, kite surf, etc.
Que estas iniciativas – que têm uma procura crescente por praticantes de todo o mundo e colocam Portugal ao nível dos paraísos dos desportos náuticos como a Austrália e as ilhas do Pacífico – encontrem uma estratégia sustentável que evite o fenómeno do golfe, que teve um arrefecimento brusco no Oeste e quase se deixou de falar.
Há condições incomparáveis e estão reunidos os ingredientes para tornar o Oeste como um dos principais centros destes desportos a nível mundial.
Zé Povinho espera que não se façam asneiras e que a região saiba responder devidamente a esta nova oportunidade oferecendo outros atractivos compatíveis.
Diz o povo que “quem toca muitos burros alguns deixa para trás”, mas Zé Povinho, mais matreiro, dirá que “em terra de cego quem tem olho é rei” , dado que não tem gostado de ver a forma displicente com que o vereador Dr. Hugo de Oliveira trata dos seus pelouros.
Há quem diga na oposição que o vereador se está a preparar para novos voos nas próximas eleições legislativas.
Como presidente concelhio do PSD, vice-presidente da distrital e conselheiro do Conselho Económico e Social, para além de autarca, o Dr. Hugo não tem mãos a medir com tarefas ou presenças em actos públicos.
E depois lá aparecem os fífias. A última, relacionada com a votação do Orçamento Participativo para 2017, parece de amador. Primeiro que era uma participação recorde, verificando-se depois que tinham votado este ano menos um quarto de pessoas que em 2015. Depois os resultados, contados à mão (no tempo da informática e dos Excel), mostram que a precisão é uma palavra pouco praticada por ali.
Mas além disso, o vereador que também tem o pelouro do Turismo, não se distingue muito da sua antecessora na dinamização da cidade. Uma outra sua iniciativa – o Caldas Centro de Histórias – funcionou apenas alguns dias e está ao abandono há meses, pedindo os moradores dos locais escolhidos para a sua instalação que os retirem pois não lhes acham nenhum interesse e deram-se conta que ninguém os utilizava quando funcionavam.
O espaço “Caldas, Cidade e Comércio”, que tanta esperança criou aos caldenses, não se percebe para que serve. A reorganização do estacionamento com a prometida instalação de parcómetros é adiada todos os meses.
Senhor vereador: Zé Povinho acha muito bem que se dedique à dimensão europeia das termas caldenses, mas também lhe pede que dedique uma parte do seu tempo aos problemas mais comezinhos e simples da cidade e do concelho. Assim não vai chegar a bom termo das suas multivariadas funções, por mais que acerte nalgumas.