Este Consumo Que Nos Consome – O Sol deve ser tratado com muito respeito

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As férias são desejadas pois introduzem uma ruptura com o quotidiano, todos nós as desejamos pelos seus benefícios físicos e mentais. Contudo, alguns desses benefícios podem ficar seriamente comprometidos caso não se introduzam algumas precauções que evitem transtornos desnecessários e por vezes dolorosos.

Quanto ao Sol, conhece-se a existência das radiações ultravioletas que atingem a superfície terrestre e que, além das queimaduras, provocam danos irreversíveis tais como cancros cutâneos (um dos quais com elevada malignidade e capacidade de disseminação por todo o organismo). A minimização do risco passa pela utilização de um protector solar adequado, aplicado algum tempo antes da exposição solar e reaplicado com frequência, particularmente após uma transpiração intensa ou a toma de banho.
A cabeça e os olhos devem estar permanentemente protegidos com chapéu e óculos escuros.
O Sol pode desencadear reacções menos graves na pele, como sejam diversos tipos de dermatites provocados pela aplicação na pele de perfumes, desodorizantes, e outros tipos de cosméticos ou ainda certos tipos de medicamentos caso de alguns cremes para as picadas de insectos ou destinados a tratar alergias. Evita-se este último problema fazendo exclusivamente a exposição solar após ter removido da pele qualquer um destes produtos (se acaso os tiver colocado, mesmo que tenha sido na véspera).
Há também medicamentos tomados sob a forma de comprimidos ou cápsulas que predispõem ao aparecimento de dermatites quando se faz exposição solar.
Uma medida geral e obrigatória a ser seguida consiste em não se expor ao Sol no período em que as radiações estão mais perpendiculares e mais próximas da Terra e quando é maior a intensidade das radiações ultravioletas tal como o seu efeito danoso (concretamente, o período entre as 11 e as 16 horas).
É preciso que saiba que se se proteger apenas debaixo do toldo fica também sujeito às radiações, porque algumas delas são capazes de atravessar o tecido. É em tudo recomendável o uso de t-shirts, particularmente em crianças e pessoas com peles mais sensíveis (designadamente peles claras, com muitas sardas ou sinais, com dermatites, etc.).

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O calor em excesso não dá descanso ao corpo

O Sol, além dos efeitos já apontados, quando tomado em excesso, é também responsável por alguns problemas relacionados com o chamado “golpe de calor”. Este não acontece só quando a comunicação social alerta para a sua existência. Cada pessoa reage de uma forma própria ao calor, pois varia de pessoa para pessoa a sensibilidade às temperaturas elevadas, havendo mesmo quem tenha dificuldade em tolerar temperaturas não muito altas. O maior risco é aquele que atinge as pessoas que, aparentemente, não se incomodam muito com o calor, mas para as quais as temperaturas elevadas desencadeiam alterações fisiológicas que, no limite, podem ser fatais.
A exposição a temperaturas elevadas é mais prejudicial para as crianças, idosos e alguns doentes crónicos. Estes efeitos resultam fundamentalmente do aumento da perda de água e de sais minerais com a transpiração. Estas perdas desequilibram o organismo, provocando desidratação e, consequentemente, um mau funcionamento orgânico. Os doentes cardíacos e do foro respiratório são os mais afectados. A única medida eficaz no campo da prevenção passa por evitar os ambientes muito quentes, além da preocupação em ingerir grandes quantidades de água que não seja isenta de sais minerais. Esta ingestão de água ou de outras bebidas não alcoólicas é obrigatória mesmo que não haja a sensação de sede. Nestas circunstâncias, as crianças, os idosos e os doentes crónicos devem manter-se em casa nas horas mais quentes do dia, eventualmente com as persianas descidas, permanecendo na divisão da casa mais fresca (advirta-se que a abertura das janelas em períodos críticos pode aumentar o calor dentro de casa).
Por último, tenha a preocupação em usar vestuário ligeiro, preferencialmente de tons claros durante o dia, passar o corpo por água tépida ou fresca com frequência e evitar exercícios ou esforços extenuantes durante as horas de maior calor.

Leve tudo o que precisa para as férias

Ir de férias não significa dar férias aos medicamentos que toma habitualmente, recomendando-se ainda que se previna, fazendo-se acompanhar de medicamentos para os pequenos males que possam surgir.
Relativamente aos medicamentos prescritos pelo médico, deve levá-los em quantidade suficiente para o número de dias que vai estar ausente e ainda munir-se de uma dose suplementar (por exemplo, para mais oito dias, não vá surgir um imprevisto). É ainda recomendado que se faça acompanhar de uma receita que inclua todos os medicamentos que toma, devendo esta ser prescrita em nome genérico ou no nome da marca dos medicamentos tais como são comercializados no país para onde se dirige (só assim pode assegurar-se de que está a adquirir os medicamentos correctos).
O transporte dos medicamentos deve ser pensado para preservar a sua conservação nas melhores condições, porque embora visualmente um comprimido possa não apresentar alterações, a verdade é que as substâncias activas podem alterar-se pela acção do calor, frio ou humidade. Se viajar de avião, estes riscos podem ser evitados devendo transportar obrigatoriamente todos os medicamentos na bagagem de mão (dado que as temperaturas no porão sofrem oscilações extremas). Também no automóvel podem verificar-se profundas alterações de temperatura, bastando que este esteja uma ou duas horas ao Sol, o que pode alterar as propriedades dos medicamentos.

O aconselhamento farmacêutico

Quanto ao Sol, o farmacêutico ajuda-o a seleccionar o protector solar mais adequado ao seu tipo de pele, informando-o sobre a frequência da repetição da aplicação e ainda de uma loção ou creme hidratante para aplicar após o banho e em casa, para que a pele readquira, pelo menos parcialmente, as propriedades que tinha antes da exposição solar.
Conte ainda com o seu farmacêutico para o informar sobre os medicamentos que está a tomar e o risco de surgirem dermatites por exposição ao Sol.
Quanto ao calor, o seu farmacêutico pode detalhar-lhe as indicações aqui expressas e esclarecê-lo quanto a dúvidas que subsistam.
Relativamente às viagens em férias, peça ajuda ao seu farmacêutico para lhe indicar os medicamentos de que poderá vir a necessitar para alívio de males ligeiros que possam ocorrer, indicações sobre a forma de transportar os medicamentos procurando ainda esclarecer-se junto do farmacêutico sobre os nomes das marcas dos medicamentos que toma habitualmente no país para onde se dirige, de modo a levar esta informação ao seu médico que ajustará a receita a esta realidade.

Beja Santos

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