“Trabalhar muitas horas não é sinónimo de ser mais produtivo”

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Alunos do 11A nossa escolha recaiu sobre esta notícia dada a atualidade do assunto e o facto de o mesmo ser ainda pouco debatido na comunicação social. Como estudantes, trata-se de um tema em relação ao qual sentimos uma constante preocupação, devido à pressão a que estamos sujeitos diariamente na escola, com o objetivo de obtenção de bons resultados e como essa questão influenciará a nossa futura vida profissional.
No entanto, a notícia em análise não é exatamente o que esperávamos, pois foca-se essencialmente numa visão financeira, centrando-se pouco no aspeto social e psicológico dos trabalhadores, nomeadamente no excesso de carga horária, um fator que condiciona e afeta a produtividade. Para além disso, o cansaço e a ausência de incentivos (monetários, sociais, de lazer,…) constituem entraves a um bom rendimento profissional, pois um trabalhador motivado e feliz, que consegue conciliar a sua vida profissional com a social e a familiar, conseguirá seguramente contribuir melhor para o sucesso e para o aumento da produtividade da sua empresa.
Em relação à comparação, injusta e exagerada, que o consultor João Diniz apresenta com a Alemanha, afirmando que “Portugal, país pouco exigente com a educação, tolera a incompetência e é avesso ao planeamento e à avaliação”, discordamos totalmente. Nos dias de hoje, a carga horária escolar é cada vez maior, assim como o nível de exigência, acompanhado de uma avaliação regular, pelo que os estudantes são diariamente forçados a dar o seu melhor, numa atitude de superação constante das metas estabelecidas. Consequentemente, estes aspetos refletir-se-ão positivamente na sua inserção no futuro mercado de trabalho.
No que diz respeito à substituição de pessoas por máquinas nas empresas, tendo em conta os elevados níveis de desemprego no nosso país, achamos que esta opinião de João Diniz não é a mais acertada, dado que, a longo prazo, o custo e a manutenção das máquinas poderá ser ainda mais elevado do que premiar o bom desempenho dos trabalhadores, de forma a aumentar a sua motivação e consequente produtividade empresarial.
Para concluir, apesar de não concordarmos com parte das opiniões transmitidas nesta notícia, achamos compreensível o ponto de vista de João Diniz, tendo em conta a sua profissão de consultor. Nós, como jovens estudantes, encontramo-nos numa posição diferente e, como tal, é natural que não haja coincidência de perspetivas.

Alunos do 11ºCT2
(Ciências e Tecnologias)