Caldas da Rainha em 14º lugar no ranking dos municípios de média dimensão

0
1114

O Anuário Financeiro dos Municípios Portugueses, relativo a 2015, da responsabilidade da Ordem dos Contabilistas Certificados, coloca as Caldas da Rainha a meio da tabela dos 25 melhores municípios de média dimensão. O documento de 400 páginas, publicado recentemente, analisa as contas de 308 municípios, 185 empresas municipais e 25 serviços municipalizados, com recurso à consulta nos websites das entidades e à plataforma do Tribunal de Contas.

Caldas da Rainha está em 14º lugar no ranking dos 25 melhores municípios de media dimensão. Do distrito figuram ainda os concelhos da Marinha Grande, em segundo lugar, Pombal em 17º e Alcobaça em 25º lugar. De registar que em 2014 as Caldas estava em 32º e Alcobaça em 42º lugar, respectivamente.
No ranking do distrito de Leiria, Marinha Grande assume o comando, seguida de Porto de Mós, Leiria, Caldas da Rainha e Pombal.
O ranking global é calculado tendo por base 10 critérios: índice de liquidez, resultado operacional líquido, peso do passivo exigível, passivo por habitante, taxa de cobertura financeira da despesa, prazo médio de pagamentos, grau de execução do saldo efectivo, índice de dívida total, grau de execução das despesas e impostos directos por habitante.
Caldas figura em primeiro lugar, a nível nacional, em dois dos 10 items considerados: o dos municípios com melhor grau de cobertura das despesas e de maior grau de execução do saldo efectivo, na óptica dos compromissos.
Caldas da Rainha passou a integrar também, em 2015, o grupo dos 50 municípios com maior independência financeira do país. Caldas (com 59%) e Óbidos (com 64%) estão, respectivamente, em 50º e 36º lugares num ranking que é liderado por Albufeira (89,5%), Lagoa (88,2%) e Lisboa (82,2%). No extremo oposto, os últimos são ocupados por Corvo (2,6%), Santa Cruz das Flores (8,6%) e Barrancos (8,7%). Do Oeste não há nenhum concelho entre os 50 piores neste indicador.
Um bom lugar neste indicador significa que o município tem recursos financeiros que provêm mais das receitas próprias (onde os impostos e taxas têm um papel central) e onde as transferências do Estado e empréstimos bancários se repercutem menos na estrutura da receita.
Já no ranking dos municípios com maior diminuição de IMT (Imposto Municipal sobre as Transmissões Onerosas de Imóveis), Óbidos aparece em 4º lugar nesse ano, a seguir a Oeiras, Porto e Figueira da Foz. Alcobaça surge em 10ª posição.
Quanto aos municípios com maior peso do IMT nas despesas correntes, Óbidos aparece em 13º lugar (14,6%), as Caldas em 19º (12,1%), Nazaré em 30º (10,2%) e Alcobaça em 35º (9,6%). Em primeiro lugar está Loulé com 40,6%, seguido de Lisboa com 38,4%.
No ranking dos municípios que apresentam menor peso dos pagamentos da despesa com pessoal nas despesas totais, Nazaré assume o primeiro lugar, com 12,9%. Tinha 42% em 2011, 25,7% em 2013 e 14. Caldas da Rainha figura em 31º lugar com 21,6%. Tinha 16,7% em 2009, 22,9% em 2011 e 19,6% em 2014. Do lado oposto, com o maior peso no pagamento das despesas com pessoal está em 2015 Mourão, com 55,4%; Montijo, com 51,7%; e Barrancos com 51,4%.
Em 2015 as Caldas registou também uma melhoria significativa no ranking dos concelhos com grau de execução de despesas comprometidas inferior ou igual ao grau de execução das receitas liquidadas passando a constar nos 90 melhores municípios nessa situação. Ocupa o lugar 83, enquanto que Peniche está mais acima na tabela, em 51º lugar.
Consta também, em 36º lugar, na lista de municípios com um aumento de valor superior a um milhão de euros em títulos de participação. Este montante resulta da aquisição das acções das Águas do Oeste, por parte da Câmara, aos serviços municipalizados.
Já os serviços municipalizados da autarquia figuram em 18º lugar no quadro destes serviços com resultados económicos positivos, com um saldo de 224,8 mil euros.
Os serviços municipalizados de Peniche estão em 11º lugar da lista, com um resultado de 871 mil euros, os de Alcobaça em 16º, com 272 mil euros, e os da Nazaré em 17º, com 240 mil euros.
Óbidos é referenciado no ranking dos municípios com aumento do passivo elegível em 2015, figurando em 30º lugar dos que apresentaram maior diminuição de divida total.
Já a empresa municipal Óbidos Criativa figura em 34º lugar das entidades com piores resultados económicos no ano passado, com um saldo negativo de 51,4 mil euros. A seguir está a Nazaré Qualifica com 46,7 mil euros negativos. O pódio é liderado pela Portimão Urbis SGRU – Sociedade de Gestão e Reabilitação Urbana, com um resultado negativo superior a dois milhões de euros.

Quadro de Concelhos do Oeste

- publicidade -