A credibilidade, aposta no mérito e a ética na política, são valores que o ex-líder do PSD, Marques Mendes, quer ver reforçados, exortando os jovens para uma participação pública mais activa. Nas Caldas da Rainha, onde apresentou o livro de José Miguel Bettencourt, “Os jovens e a política”, defendeu a existência de círculos uninominais e criticou o actual sistema eleitoral, que “não favorece o mérito, competência e a qualidade na vida pública e politica”.
Um ensaio que se lê com o “prazer de quem lê um romance”. Foi desta forma que Marques Mendes apresentou o livro de José Miguel Bettencourt, que foi dirigente estudantil e presidente da JSD. Na sua intervenção, o político partilhou alguns desafios que se colocam aos jovens na sua ligação à política e actuação cívica, desde logo o facto de se tratar da geração que possui mais altas habilitações, mas que mostra um desinteresse generalizado por esta área.
“Um problema sério”, na opinião de Marques Mendes, porque “se os melhores não estão na política e se os vazios têm que ser preenchidos por alguém, estão lá os menos bons”, rematou.
Defensor de uma revisão do sistema eleitoral português, Marques Mendes, propõe a criação de círculos uninominais. Considera que o modelo actual está decadente e afirma que todos o sabem, mas ninguém faz nada para alterar a situação porque não interessa ao poder instalado. Quem anda na vida política sabe que o “deputado preocupa-se sobretudo em agradar ao chefe partidário em vez de agradar aos eleitores porque no momento da verdade será ele a escolhê-lo e não o povo”, referiu. O ex-líder do PSD disse mesmo estar “farto” de ver muita gente com qualidade “ser corrida” só porque desagradou ao chefe partidário e considera que muitos jovens não estão dispostos a participar com um sistema eleitoral destes. Por outro lado, quando aparece um jovem de qualidade a querer participar, os outros começam logo a criar dificuldades, a colocar “umas cascas de banana”.
“Temos um sistema eleitoral que não favorece o mérito, competência e a qualidade na vida pública e politica”, disse Marques Mendes acerca do sistema que se baseia na escolha de deputados, que depois são governantes. A excepção são as eleições autárquicas, onde há a preocupação de escolher uma pessoa “credível, conhecida, competente, porque sabem que vota-se no partido mas sobretudo na pessoa, o que é um bom exemplo”.
No seu entender, uma bela causa para os jovens seria esta ideia de personalização, responsabilização da vida politica, aposta no mérito.
Trocar convicções por conveniências
Outro desafio que abordou foi a ética na vida política, destacando que os jovens serão o sector da população mais sensível a esta questão, porque existe a ideia enraizada de que a política é a arte do vale tudo. Marques Mendes falou ainda do cinismo que existe na política, quando “se trocam convicções por conveniências”.
Referindo-se a José Miguel Bettencourt, o orador destacou o seu percurso de dirigente associativo estudantil e depois na JSD, assim como o percurso académico, que lhe permite falar dos problemas, desafios e indiferenças dos jovens com conhecimento de causa. Este livro é o que chamaria um “bom sobressalto cívico”, porque rompe com o politicamente correcto, disse, acrescentando que o país precisa que os jovens se sintam mais motivados para participar politicamente.
Também presente na apresentação – que juntou cerca de 30 pessoas no hotel Sana Silver Coast – o vereador e presidente do PSD caldense, Hugo Oliveira, destacou que a defesa das suas convicções levou a que José Miguel Bettencourt tivesse sido, algumas vezes, incompreendido dentro do partido. Considera que actualmente os jovens estão mais participativos e defende que é preciso “abrir espaço” a esta participação na política.
Já o presidente da Câmara, Tinta Ferreira, entende que neste momento faz falta um novo projeto para a juventude portuguesa. “Um caderno de encargos com um conjunto de causas que digam algo à juventude”, disse, defendendo a existência de três ou quatro matérias que unam os mais novos e que os motive a bater-se por elas, tendo depois consequências legislativas. O autarca lembrou que há 30 anos os jovens lutaram por causas como o fim do serviço militar obrigatório, o crédito jovem à habitação, ou a interrupção obrigatória da gravidez.
Também o autor do livro “Os jovens e a política” , José Miguel Bettencourt, falou da falta participação dos cidadãos e deu como exemplo o número de filiados em partidos, que ronda os 320 mil, num universo de 9,5 milhões de eleitores. Na sua opinião, este alheamento está ligado à falta de referências na política.
O primeiro lançamento da obra decorreu na Assembleia da República, em Julho, com a presença de Adriano Moreira, Mota Amaral e Jaime Gama. O livro reúne depoimentos inéditos de personalidades dos mais variados quadrantes políticos, como Adriano Moreira, João Dias da Silva, Campos e Cunha, Miguel Morgado, Mota Amaral, Paulo Teixeira Pinto, Pedro Magalhães e Rui Oliveira e Costa.
Por considerar o assunto de extrema atualidade deixo aqui o meu testemunho pessoal. Não é só na política que deve existir ética e mérito, mas em todas as profissões e na postura de qualquer cidadão. A sociedade não pode continuar a usar uma pala para ver um setor restrito do Código Penal e ignorar a visão de 360º que dele devemos ter e também não deve ficar insensível aos argumentos (moralistas) de inconscientes detratores que só procuram enaltecer suas virtudes pela via ilegítima do rebaixamento dos outros. Na difícil escalada na escada da vida não se pode destruir com um simples pestanejar todo o mérito académico, profissional e pessoal de quem subiu por seu mérito e esforço.
Não é de ignorar o poder que, na era da globalização, colocar notícias falsas ou indutoras de erro nos cidadão, tem na reputação ou imagem dos visados. é inegável o poder mediático mas por vezes parece que brincamos às notícias.
O Código Deontológico dos Jornalistas obriga ao rigor e verdade das notícias, sanciona a difamação, injúria e foto ilícita.
Sou cidadão/professor e o facto é que a foto que me foi tirada à saída do tribunal num caso de justiça que tive há cerca de 5 anos é ilícita. Passados alguns anos ocultaram parcialmente a cara.
Vejamos as falsidades das notícias que correm on-line a meu respeito, uma a uma:
Nunca pratiquei os referidos atos e muito menos junto a escolas primárias.
Ainda que condenado estava dentro do meu jipe que é um lugar privado, na minha vida e nunca chamei menores e nunca tive relacionamentos de cariz sexual com menores de idade, seja onde for.
Se há coisa que não faço é estar nas ruas especado nas esquinas a fazer peso ao chão (isto é, sem estar ativo a fazer o Bem e coisas úteis) e a olhar para dentro dos automóveis e muito menos jipes que são mais altos. É um péssimo hábito espiolhar a vida dos outros e difamar. Há sempre ginásios e bibliotecas onde se pode ler bons livros e praticar exercício físico em vez de estar a ver o que os outros fazem dentro dos seus veículos ou a meter-se na vida alheia. Podem também organizar equipas de voluntários para varrer ruas, reparar danos de grafitti ou de atos de vandalismo, promove o embelezamento etc. Há sempre muito que fazer em vez desses estranho divertimento de tentar destruir a vida dos outros, especialmente cidadãos idóneos, sem dívidas à sociedade e bem sucedidos profissionalmente, enquanto muitos preferem carregar na sua consciência o peso do mal da sua maledicência, inveja e do seu ódio, que só a eles próprios corrói. Ódio este que um dia será crime, assim como os crimes contra a honra serão públicos.
A defesa foi feita em tribunal e a juíza entendeu acreditar em depoimentos tendenciosos e falsos mas nunca tive pena acessória de proibição do exercício de funções letivas. Em 30 anos de carreira docente nunca tive qualquer atitude ou gesto ou palavra abusiva em relação a alunos/as. Depois de saberem das notícias difamatórias no jornal de Caldas e Correio da Manhã , muitos alunos e alunas provocaram uma onda de indisciplina muito grave dirigida à pessoa do professor, sem que este estivesse nunca impedido por nenhum juíz de leccionar (pois não haveria razões para tal ) sem que o professor alguma vez tivesse conduta imprópria ou sequer fosse incompetente.
O professor ao longo de uma já longa carreira docente de 30 anos tem tido sempre na avaliação de desempenho a classificação de BOM.
É falso que alguma vez estivesse a ser investigado pela Inspeção Geral de Educação por alegada má conduta profissional. Todos os processos foram arquivados por manifesta falta de fundamentação séria mas nunca ninguém foi acusado por ter abusado do processo e difamado ou lesado/ofendido o cidadão/professor.
As advogadas oficiosas não me defenderam, como era seu dever e nessa altura nada percebia de Direito. Não fui nunca condenado a trabalho comunitário, o que é outra mentira.
Além disso, a duas condenações referidas foram em 2010 (e não em 2004) pelo que o pressuposto penal da circunstância agravante ou reincidência nem sequer é válido do ponto de vista jurídico. Outra falsidade. Para que todos saibam, no dia do primeiro julgamento recebi outra notificação para segundo julgamento.
Portanto, desde foto ilícita que é crime, passando pelas mentiras difamatórias agravadas, crimes também, tudo indica que há uma tentativa de assasinato de caráter. Apetece-me dizer que sou como Steven Seagal, sou “duro de matar”, estou vivo e de boa saúde e recomendo-a a muitos infelizes e frustrados que só estão bem a dizer mal dos outros, justificando assim suas vidas fracassadas ou pouco sadias. Tive um percurso académico de sucesso enquanto muitos andavam na boa vida, nos namoricos e discotecas. Tenho uma carreira docente exemplar durante 30 anos como efetivo do quadro de nomeação definitiva e com provas dadas. A onda de indisciplina e de crime que se abateu sobre mim só revela a ignorância e hipocrisia de uma sociedade que acredita piamente em tudo o que lhe dizem e prefere acreditar em mentiras e falsidades acrescentando sempre um ponto ao conto. Nunca me solicitaram sequer uma entrevista. O estado de desenvolvimento de um país mede-se pela forma como tratam os seus professores.
Os alunos e os seus pais não podem invocar o desconhecimento da lei aprovada na Assembleia da República, o estatuto do aluno do ensino não superior. Seria bom que se dignassem ler a parte dos deveres de alunos e pais e encarregados de educação e que assumissem de vez a responsabilidade pelos actos muito graves de indisciplina nas Escolas dos seus educandos. Os termos da presente notícia são de novo difamatórios não passando de novos andares e acrescentos (“quem conta um conto acrescenta um ponto”) assentando nos mesmos pilares de mentiras, erguendo novas mentiras para tudo parecer mais congruente. Parecem arranha céus mas não estamos em Nova Iorque! Face a tudo isto qualquer cidadão/professor tem direito à legítima defesa. Os alunos tem o dever de se comportarem corretamente na sala de aula e Escola e mesmo enquanto esperam do lado de fora da Escola. Os assuntos de justiça são finalmente agora tratados dentro da escola pelas autoridades escolares e não é a comunidade que se tem de pronunciar acerca da idoneidade de um professor com provas dadas ao longo de 30 anos, mas sim o Diretor. Por isso nenhum elento da comunidade tem agora de meter “a foice na seara alheia” e nenhum “sapateiro deveria tentar tocar rabecão”. Ninguém está livre de ter um caso de justiça. Faz parte de estar vivo. Só um juiz pode interditar o exercício da profissão docente e só o Diretor pode aferir a idoneidade de um docente, não havendo qualquer razão no caso em apreço para que o professor em causa seja impedido de leccionar a jovens e menores pois em 30 anos de carreira sempre tratou com respeito e consideração alunos, alunas e restantes elementos da comunidade. Ninguém está livre de erros judiciários, tudo depende da forma como é feita a defesa.
Para além destas difamações agravadas, que são crime, ainda há os termos injuriosos e muitos outros crimes de que fui vítima e que ficaram impunes por causa de notícias falsas e tendenciosas.
Muitas pessoas me provocam com comentários e atitudes de discriminação, quando não cometem contra mim, crimes como injúria, difamação ou outros mais graves como ameaça, furto qualificado, ofensa à integridade física, denúncias caluniosas, depoimentos falsos e agora o novo crime do Código Penal, o crime de perseguição. Todos estes crimes ficaram impunes. A verdade é como o azeite e vem sempre ao de cima. Sempre considerei que nunca se deve rebater boatos, pois na prática quem se defende está a fomentá-los pois a eles se refere. No entanto, há um tempo para estar calado e outro para falar e chegou essa hora. Não há maior hipocrisia do que só ver um setor minúsculo dos 360.º que o Código Penal tem, por razões moralistas decerto e sobretudo em não assumir os crimes muito mais graves que pratica, obcecado pela lavagem ao cérebro de certa comunicação social que não olha a meios para atingir os seus fins.