Vacinação na adolescência

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Muitas vezes esquecemo-nos que a vacinação dos nossos filhos não termina aos 5 anos. Após os 10 anos, existem vacinas que podem ser dadas ao seu filho/a para o proteger de doenças que podem surgir nessa idade. A vacina contra o Vírus do Papiloma Humano foi adicionada ao Programa Nacional de Vacinação em 2020 para ambos os sexos, sendo administrada aos 10 anos de idade. Esta alteração é aplicável aos nascidos a partir de 1 de janeiro de 2009, sendo que o esquema pode ser completado ou iniciado. Não se esqueça que aos 10 anos mantém-se o reforço da vacina contra o tétano e difteria. Saiba quais as vacinas com benefícios comprovados que pode fazer para além das vacinas disponíveis no PNV:
• Vacina contra a Neisseria Meningitidis do grupo B: recomendada a administração a adolescentes não vacinados na infância, sob prescrição médica, sendo que após a primeira dose, deve ser utilizada a mesma vacina;
• Vacina contra a Neisseria Meningitidis ACWY: recomendada a administração a adolescentes não vacinados na infância, sob prescrição médica. É também recomendada a viajantes com estadias prolongadas ou residentes em países com elevados casos de doença e sempre que exigido pela autoridade local. A vacinação poderá ser feita em qualquer idade, embora o benefício seja maior se a mesma for iniciada o mais precocemente possível;
• Vacina contra a Varicela: recomendada a administração a adolescentes que não apresentaram varicela na infância, sendo necessária prescrição médica. Nos adolescentes com história negativa ou incerta de varicela poderão ser realizadas análises para determinar se já tiveram a doença, antes de serem vacinados. É de realçar que nas adolescentes deve ser excluída a possibilidade de gravidez;
• Vacina contra a Hepatite A: está indicada em situações especiais ou quando se viaja para países de alta incidência.
A vacinação em massa controlou e/ou eliminou doenças graves, o que conduziu à desvalorização e menor adesão às vacinas com o risco de ressurgimento de doenças já controladas ou eliminadas. Para além disso, se considerarmos que só as crianças pequenas são suscetíveis a doenças graves, somos levados a esquecer-nos de vacinar o adolescente, colocando-o em risco de doenças que podem ser evitadas e que podem ter sequelas graves e, em alguns casos, morte, como é o caso da varicela e da meningite. O objetivo de vacinar os adolescentes é protegê-los contra este tipo de sequelas. Informe-se junto do seu Médico Assistente se o seu filho tem indicação para fazer uma destas vacinas.

Mariana Pedro | Marta Caldas | Inês Melo

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