Zé Povinho não gostava do antecessor, como demonstrou várias vezes ao longo dos últimos quatro anos, pelo que ficou agradado com o resultado final das eleições norte-americanas, que resultaram na eleição de Joe Biden. Para mais quando verifica que aquele povo demonstrou maioritariamente, tanto no número de votos como na escolha dos grandes eleitores, a sua escolha num veterano da política, quase 78 anos. Biden parece ser um norte-americano liberal tradicional, que gosta da vida e sabe enfrentar com equilíbrio e assertividade, as tragédias que sofreu na sua vida pessoal. O mundo espera dele, aquilo que não teve nos últimos quatro anos. No mínimo, o presidente vai querer “recriar” os Estados Unidos da América, que sejam um participante e corresponsável previsível do destino que o mundo deseja afirmar.
Em contrapartida, parece que nos estamos a livrar, de forma menos conflitual que inicialmente esperado, do ainda ocupante da Casa Branca, que enquanto todos se batiam pela contagem dos votos nos derradeiros estados, ostensivamente partia para mais uma partida de golfe. O presidente Donald Trump, provavelmente dentro de alguns anos, se tudo correr dentro da lógica, será lembrado como uma anedota ou um parêntesis que ocorreu nas lideranças dos Estados Unidos. Zé Povinho espera que sirva também como uma vacina, tão eficaz como a cura que teve da covid-19, que enfrentou e viu desaparecer como por milagre de depois de tomar uns cocktails de medicamentos, cuja teor nunca foi conhecido ao certo. Esta semana para Zé Povinho pode ser um início de uma nova era, que desta vez pode ajudar a dar um rumo à pandemia mundial, num episódio grotesco que será lembrado no futuro por todos aqueles que o viveram.