Às vezes, Zé Povinho teme os temerários que tudo prometem, muitas vezes com decisões acertadas, mas sem sustentação económica ou técnica e que depois nunca se vêem os resultados. A ligação em alta velocidade é prometida há 20 anos para ligar as duas principais cidades (Lisboa e Porto), que logo ficou assombrada com os ajustamentos de transformarem uma linha em cinco ligações a Espanha. E deu no que deu, tendo servido como vacina para nunca mais se falar em nada. Daí que Zé Povinho aprecie a coragem do ministro Pedro Nuno Santos, que ousou recolocar a questão há dias. Só é pena que o sr. ministro, tão atarefado com tanta obra de milhares de milhões, não tenha dedicado uns minutos a analisar a putativa Linha do Oeste, que continua a precisar de mais tempo para chegar a Lisboa do que a nova ligação entre as duas capitais portuguesas. Zé Povinho felicita o ministro, mas só em parte, pois fica por resolver uma verdadeira ligação Caldas/Lisboa e que custaria apenas uma fração mínima dos investimentos previstos.
Zé Povinho lamenta que a banca continue a abandonar, no sentido literal do termo, o centro histórico das Caldas. Para além da diminuição do serviço aos clientes, este tipo de decisão das administrações dos bancos leva a um progressivo abandono de alguns edifícios emblemáticos que, sem novas possibilidades de utilização, acabam por degradar-se.
Neste caso em concreto, espera-se que tal não venha a suceder, mais uma vez, na cidade, depois de o Santander ter decidido encerrar um dos balcões na cidade, concentrando os serviços dos dois balcões que tinha nas Caldas num mesmo espaço. Mas seria importante que quem é tão rápido a encerrar balcões tivesse tempo para responder aos jornalistas…