A proliferação nas autárquicas de inúmeras candidaturas por todo o país, com a consequente dispersão de votos em muitos casos, obrigou à constituição de alianças pós-eleitorais, algumas espúrias ou a conflitos entre eleitos, como aconteceu no Bombarral com a candidato à AM do Chega a perder a confiança do partido por “falta de lealdade política e má-fé”. A contrariar esta situação está a forma civilizada e rápida como nas Caldas o Movimento Vamos Mudar e o PS encontraram uma plataforma de entendimento para gerirem a política local, sucedendo a 44 anos de maiorias à direita, muitas delas absolutas. Zé Povinho espera que este acordo e convergência tragam os melhores resultados, e que possam ser experimentadas novas opções políticas e estratégicas, rompendo com um unanimismo monocolor entediante e a adormecer os caldenses em relação aos grandes desafios que se colocavam e colocam no pós pandemia. ■
A situação que se vive nos Bombeiros da Benedita não tem passado despercebida a Zé Povinho, que não pode deixar de manifestar a sua preocupação com a indefinição na instituição. Após as eleições os bombeiros manifestaram-se contra a lista mais votada, o presidente da direção eleito renunciou ao cargo e agora ainda não se sabe se haverá tomada de posse dos corpos sociais ou novas eleições. Sem apontar dedos ou defender qualquer uma das partes, a farta experiência de Zé Povinho, homem de consensos, diz-lhe que, a bem da própria instituição com tão nobre propósito, era bom que existisse um entendimento entre todas as partes e que fosse superada esta situação de crise que não beneficia a população. ■