Dois caldenses, Pedro Ramalhete e Eduardo Ferreira, juntamente com outros dois amigos e amantes do mergulho oceânico, criaram em Peniche a JustDive – Underwater Experiences, uma escola e centro de mergulho que se lançou num projecto inovador destinado a captar muitos praticantes daquela modalidade a nível mundial.
A Rota dos Naufrágios vai permitir identificar todos os locais onde se podem encontrar embarcações naufragadas na área em redor das Berlengas e criar simultaneamente um roteiro que permita aos mergulhadores encontrar e visitar os navios afundados, numa modalidade com crescente procura internacional.
Com o cofinanciamento europeu que lhe foi atribuído, fizeram crescer as suas instalações para apoio ao seu trabalho e para treino e formação de novos mergulhadores, bem como para logística das suas actividades, que poderão chegar à operação com um robot submarino.
Estas modalidades estão a colocar Portugal nos grandes roteiros dos desportos com mais atrativos para novos públicos. Por isso, estes jovens caldenses, tal como os seus colegas de aventura empresarial, tiveram a visão de criarem uma nova área de negócio que os projecta em termos internacionais.
Zé Povinho não se cansa de apoiar e destacar estes projectos que começam subtilmente – e mesmo com alguma dúvida quanto ao seu sucesso entre os mais cépticos -, mas que muitas vezes acabam por se afirmar no futuro e promovem de forma categórica a região Oeste.
Os melhores votos de sucesso para Pedro Ramalhete e Eduardo Ferreira e seus companheiros, que mostram como estas novas actividades são complementares das já mais conhecidas como o surf e assim podem dar consistência ao tão apregoado cluster do mar que Portugal quer afirmar definitivamente.
Um partido pode ganhar apoios junto da população pelos seus ideais e pelas posições que defende e granjear a admiração e reconhecimento. Mas também, pelas suas hesitações, pode perder a notoriedade que ganhou nas diferentes localidades.
O Bloco de Esquerda tem tido um comportamento a nível nacional que lhe tem permitido recolher votos e até conquistou um lugar imprescindível no apoio ao governo, viabilizando-o e tornando a chamada geringonça num fenómeno mundial que faz inveja a outros países.
Contudo, nas Caldas da Rainha o desempenho do BE, apesar das votações com algum significado, tem deixado muito a desejar, tal como é noticiado esta semana.
A polémica suscitada pelo infausto militante do BE mais conhecido e activo das Caldas, Fernando Rocha, que desapareceu repentinamente há quase dois anos por doença súbita, não foi ainda resolvida e já se aproxima novo acto eleitoral autárquico.
Em contrapartida, a atitude do líder distrital do Bloco e também deputado eleito, Heitor de Sousa, deixa muito a desejar em relação ao que o seu partido defende na prática política.
Para mais, o dirigente distrital parece não entender que essa atitude displicente tem consequências graves na dinâmica do seu partido nas Caldas e no sul do distrito, podendo pôr em causa os objectivos locais para as eleições autárquicas.
É curioso como até nos partidos mais à esquerda predominam tradições antigas do centralismo de Leiria, mesmo no tempo em que já não existem distritos (a não ser para as eleições).