
Nestes tempos difíceis que enfrentamos ainda há bons exemplos que merecem ser destacados. É o caso da iniciativa do hipermercado E.Leclerc, das Caldas da Rainha, que decidiu disponibilizar um espaço para os produtores que estão em dificuldades para escoarem os produtos frescos por causa do fecho dos mercados. A campanha chama-se SOS Produtor e justifica um aplauso por parte da comunidade, sobretudo porque aquela cadeia internacional não vai cobrar um euro pela cedência do espaço, revertendo, deste modo, toda a receita da venda destes produtos exclusivamente para os produtores.
Zé Povinho valoriza estas iniciativas, sobretudo num momento em que alguns mal-intencionados optam por fazer subir os preços e tentam aproveitar-se de um certo pânico instalado na sociedade, por causa do novo coronavírus.
Além disso, neste momento há milhares e milhares de empresas por todo o país que têm como única prioridade encontrar soluções para fazer face à quebra de receitas, por forma a conseguirem manter as portas abertas e os postos de trabalho. Por isso, iniciativas como estas do E.Leclerc ganham ainda maior expressão: têm um grande significado solidário e demonstram que, mesmo em situações de crise como aquela que vivemos, há tempo para a criatividade e, sobretudo, para a solidariedade. Era bom que muitos empresários e até responsáveis políticos se inspirassem com esta abordagem. Zé Povinho cá estará para aplaudir, caso isso se verifique. Seria um sinal de esperança para todos nós.

Zé Povinho tem feito um esforço insano para tentar encontrar sujeitos ou acontecimentos que pareçam negativos no país, mas fora raras excepções que resultam da contingências e incertezas do momento, o que fica são epifenómenos que a serem chamados ainda faria sobressair os ditos. E há sempre gente que o que deseja é ser falado nem que seja pelas piores razões.
Olhando para esta crise global, é já mais fácil encontrar algumas personagens que vão marcar negativamente estes momentos fantásticos desta crise que, em poucas semanas atravessou quase todo o mundo desenvolvido e encerrou nas residências, alguns milhares de milhões de pessoas. E nos últimos dias, a anedota que mais sobressaiu, não foi Trump que virou o bico ao prego e passou a incentivar os cuidados dos americanos pela ameaça do covid-19, nem Boris Johnson que ele próprio foi internado nos cuidados intensivos com a doença, ficando o Presidente do Brasil, o antigo capitão Jair Bolsonaro, que há dois dias demitiu, melhor, quis demitir o seu ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, que tinha determinado que os brasileiros deviam ficam confinados nas suas residências.
Zé Povinho acha inacreditável e de uma verdadeira república das bananas o país que quando o ministro sectorial numa das suas conferências de imprensa diárias, ter reforçado a importância de se evitarem aglomerações, ver de imediato o Presidente da República passear descontraída e irresponsavelmente pela periferia da capital brasileira, provocando ajuntamentos de pessoas e abusando dos dichotes anti-medidas de defesa sanitária anti-Covid´19. Não é preciso dizer mais…