Foi com pouco entusiasmo que foi celebrado este ano o 37º aniversário dos acontecimentos militares de 16 de Março de 1974 no quartel das Caldas da Rainha, que serviram de tubo de ensaio para o 25 de Abril.
Numa cerimónia preparada pela Escola de Sargentos do Exército (ESE) em parceria com a Câmara das Caldas, estiveram presentes alguns dos militares que participaram no levantamento militar e alunos de escolas da cidade. Para ouvir a palestra foram também convidados os alunos do curso de formação de sargentos.
O comandante da ESE, coronel de Infantaria Alves de Oliveira, destacou que o facto de a iniciativa ser comum com a autarquia “é reveladora da solidariedade institucional que caracteriza as excelentes razões entre as instituições que representamos”.
Alves de Oliveira salientou ainda que os militares da ESE têm orgulho de serem herdeiros dos homens que há 37 anos “unidos por um espírito comum de mudança, tiveram a coragem de dizer: pronto”. Esta acção foi “parte integrante de um sentimento de renovação e funcionou como catalisador do plano que foi vitorioso no 25 de Abril de 1974”.
O tenente-coronel Costa Santos limitou-se a um cuidadoso e factual resumo das operações militares daquele dia (talvez para não ferir as susceptibilidades dos militares presentes que têm visões diferentes sobre o que aconteceu), o que tornou a intervenção pouco apelativa, gorando as expectativas do jovens que queriam ouvir os heróis do 16 de Março.
De seguida os alunos do colégio Rainha D. Leonor, da escola secundária Raul Proença e da ETEO foram conduzidos aos diversos espaços no quartel que marcaram este dia.
Antes disso, teve lugar a cerimónia de homenagem aos militares já falecidos, que participaram no levantamento militar do 16 de Março.
Na cerimónia esteve presente o major-general Matos Coelho, actual director da Direcção de História e Cultura Militar, e que também participou no 16 de Março de 1974.