Caixa Geral de Depósitos quer fechar agência na Praça da Fruta

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Caixa Geral de Depósitos - Gazeta das Caldas
A CGD não comunicou o fecho da agência - Isaque Vicente

A Caixa Geral de Depósitos quer fechar a agência bancária que tem na Praça da Fruta (Praça de República). Esta é uma das 70 a 80 dependências bancárias que o banco estatal pretende encerrar este ano, depois de em 2017 ter encerrado 64 (entre as quais a da Atouguia da Baleia).

A lista completa dos balcões que encerram até ao início do Verão não foi divulgada, mas os clientes vão sendo avisados em relação aos fechos e os partidos políticos têm protestado face à falta de informação da Caixa.
No caso das Caldas, por exemplo, o PCP foi o primeiro a alertar e a repudiar o fecho da agência na Praça da Fruta. “O PCP manifesta o seu repúdio frontal por tal decisão”, referem os comunistas em comunicado, que termina com a garantia de que o Partido Comunista “bater-se-á, por todos os meios ao seu alcance, no plano nacional e no plano local, contra estas resoluções”.

AGÊNCIA NO CORAÇÃO DA CIDADE

O comunicado explica que a agência está “situada no coração da cidade, na popular Praça da Fruta, que gera movimento activo e com uma enorme afluência quotidiana de pessoas” e salienta que, a concretizar-se, o encerramento “redundará num evidente e indesmentível prejuízo para os utentes, criando tendencialmente maiores dificuldades e tempos de espera ainda mais alargados na única instalação que ficará em funcionamento”, na Rua Miguel Bombarda.
O PCP nota ainda que é importante “perceber que a situação dos trabalhadores da Caixa ficará de igual modo severamente afectada, quer pela decorrente sobrecarga de tarefas, quer pela possibilidade ainda não afastada de ocorrerem deslocações, despedimentos e rescisões com a eliminação de postos de trabalho”.
O comunicado acusa ainda a CGD de utilizar “métodos de gestão que não têm em conta a responsabilidade inerente à sua condição nem o interesse geral das populações”.
Em entrevista ao jornal Eco, em Março deste ano, Paulo Macedo, líder do banco do Estado, explicou que os critérios para a escolha das agências a fechar “são os da rendibilidade negativa, em segundo lugar, da proximidade e da localização de outros bancos, a distância do banco mais próximo da Caixa, e qual é a oferta existente”.
Já neste mês de Junho, a CGD afirmou ao mesmo jornal que com o encerramento dos balcões está “a promover a crescente interacção com os clientes à distância”, o que não deixa de ser peculiar – uma empresa em vez de desejar a proximidade dos seus clientes, pretende que eles tratem dos seus assuntos à distância.
Contactada pelo nosso jornal acerca do encerramento do balcão nas Caldas, a Caixa Geral de Depósitos não respondeu a tempo do fecho de edição.