Hospital das Caldas acumula problemas que não têm solução à vista

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Gazeta das Caldas
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Quase dois anos depois da tomada de posse da actual administração do CHO, o centro hospitalar continua com soluções adiadas. Os profissionais de saúde escasseiam e muitos do que ali trabalham têm relações laborais precárias. O problema dos citotóxicos também não está resolvido e agora é a própria Maternidade que está posta em causa, com encerramentos temporários que obrigam as grávidas a serem assistidas em Santarém ou Lisboa.
A passagem a EPE, que poderia ajudar a resolver alguns problemas, não se concretiza apesar das sucessivas promessas. E à espera da EPE está também o governo para mudar o actual Conselho de Administração, disfuncional.
Sobre as obras de alargamento das urgências, para as quais já se realizou um concurso público (depois de muitas promessas adiadas), só se sabe que o prazo já terminou, não tendo a administração do CHO respondido às perguntas da Gazeta das Caldas sobre qual a empresa vencedora e quando será assinado o contrato de adjudicação.

E assim se gastam os recursos do Estado

Os documentos administrativos são públicos e a sua consulta por parte dos cidadãos deveria ser considerada pelos órgãos do Estado como um elementar exercício de cidadania, como aliás consagra a Constituição da República Portuguesa ao abrigo do princípio da transparência ou da administração aberta, disposto no seu n.º 2 do artigo 268.º E resulta também, de forma indireta, do direito à informação pelos cidadãos previsto no artigo 37.º da CRP que dispõe que “todos têm o direito de exprimir e divulgar livremente o seu pensamento pela palavra, pela imagem ou por qualquer outro meio, bem como o direito de informar, de se informar e de ser informado, sem impedimentos nem discriminações” e do artigo 48.º da CRP que estabelece que “1. Todos os cidadãos têm o direito de tomar parte na vida política e na direcção dos assuntos públicos do país, directamente ou por intermédio de representantes livremente eleitos; 2.Todos os cidadãos têm o direito de ser esclarecidos objetivamente sobre actos do Estado e demais entidades públicas e de ser informados pelo Governo e outras autoridades acerca da gestão dos assuntos públicos”.
Não é o caso do CHO, cuja administração peleou durante quase um ano para evitar mostrar os contratos com empresas de trabalho temporário para “fornecimento” de profissionais de saúde. 

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